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Tarifa Zero no transporte público é possível?

  • André Giovanella -

Proposta inovadora propõe estudo de viabilidade para implantação em Indaial

INDAIAL - Os problemas enfrentados pelo transporte público de Indaial são vários e já foram expostos por nossa reportagem na edição do dia 12 de outubro, porém, uma proposta inovadora pretende fomentar a discussão acerca da possibilidade de criar uma nova configuração que possibilite cobrança zero de tarifa no transporte público.

A ideia foi apresentada pelo gerente administrativo da Rainha, Célio Roberto Hostin, que trabalha com o transporte de passageiros há décadas. Para ele, a solução viável e que beneficiaria os vários lados seria a criação de uma taxa ou imposto de transporte, a ser pago juntamente com a fatura de água, nos mesmo moldes do que é feito com a coleta de lixo, iluminação pública ou até mesmo com o esgoto.

De acordo com Hostin, seria possível dobrar o número de ônibus em operação na cidade e triplicar a oferta de horários e lugares disponíveis. Ele explica que cada unidade consumidora (residência) pagaria uma cota única, cerca de R$ 11,32. Já indústria e comércio teriam além da taxa fixa de R$ 50, um valor a ser pago calculado com base no número de funcionários que utilizam o transporte. O valor devido pela Prefeitura seria a quantia investida pela Administração Municipal atualmente na compra de passes para estudantes e contratação de veículos fretados para transportes.

Hostin apresenta o seguinte cálculo:  

Custo total do sistema com 20 ônibus: R$ 600 mil

Valor pago pela Prefeitura: - R$ 200 mil

Valor pago pela Indústria e comércio (1.868 x R$ 50): - R$ 93,4 mil

Taxa por funcionário transportado (2.000 x 45): - R$ 90 mil

Valor pago por residências (19.132 x R$ 11,32): - R$ 216,6 mil

"Os benefícios seriam sentidos por todos os munícipes, inclusive pelos que não utilizam o transporte coletivo. Pois com a possibilidade de oferecer um serviço de qualidade e baixo custo, teríamos mais adesão ao transporte coletivo", argumenta.  

Indicação na Câmara

A ideia de Célio foi apoiada pela suplente de vereador, Marli Menegazzi (PMDB). Os dois já vinham conversando sobre o assunto há tempos e, ao assumir uma cadeira no Legislativo por um curto período, Marli apresentou a Indicação para que um estudo de viabilidade seja solicitado à Agência Intermunicipal de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos Municipais do Médio Vale do Itajaí (Agir). Tal documento foi assinado por todos os vereadores e encaminhado ao Executivo.

O chefe de Gabinete, Manoel Boaventura, informou apenas que a Prefeitura está estudando um novo modelo de transporte público para a cidade, mas não confirmou se encaminhará a solicitação de um estudo de viabilidade sobre a proposta à Agir.


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