Voluntariado que faz a diferença

A Associação Refúgio Animal de Indaial resgata e auxilia animais que sofreram maus tratos ou foram abandonados
INDAIAL - Como já dizia Chico Xavier "Nós, seres humanos, estamos na natureza para auxiliar o progresso dos animais, na mesma proporção que os anjos estão para nos auxiliar. Portanto quem chuta ou maltrata um animal é alguém que não aprendeu a amar". Então podemos dizer que vemos muitas pessoas que ainda não aprenderam a amar, pois a crueldade contra os animais acontece diariamente em todos os lugares. Abandono, maus tratos, falta de local adequado para deixar o bichinho. São tantas coisas que é difícil até entender como alguém consegue fazer isso. Mas, ainda existe quem preze e faça tudo para resgatar, ajudar e auxiliar esses animais. E um exemplo disso é a Associação Refúgio Animal de Indaial, que vem desde agosto de 2017 prestando trabalho voluntário em prol dos animais.
Antes mesmo de a Associação tomar forma, uma figura muito conhecida e que ama os animais acima de tudo, a Ivone Simão, defende os animais há mais de 10 anos e os ajuda como pode. Em 2012, ela passou a dedicar-se exclusivamente ao cuidado de animais, mas ficou conhecida publicamente em 2014, pelo caso do cachorro Mozão. "Mozão, cachorro abandonado pego para fazer tiro ao alvo com chumbeira. Fugiu e correu para seu segundo agressor onde levou mais de 12 tiros de chumbinho à queima-roupa. Por fim jogado no barranco do rio para morrer. Resgatado por mim, lutou durante 1 mês pela vida e venceu. Caso repercutiu no Brasil todo e no exterior. Vive comigo desde então", conta Ivone sobre a história do cão.
A ideia da idealização da Associação partiu de Ivone Simão e Carmelita Bona que são as fundadoras, que dessa forma seria possível conseguir fundos com o poder Executivo e empresários do município para prestar auxílio aos animais, mas isso não ocorreu, diz uma das voluntárias da Associação Refúgio Animal, Carolina Dal Colli.
O objetivo da Associação é resgatar, abrigar e dar assistência veterinária e encaminhar os animais para uma adoção responsável e assistida, diminuído a população de animais abandonados e maltratados. "Nosso trabalho é recolher, tratar e doar. Mas infelizmente a adoção está cada vez mais difícil. A ajuda com ração e financeira para manter a Associação com medicação, veterinário e manutenção não vem ocorrendo", sinaliza Carolina.
Carol ressalta que antes de um animal ser doado, é verificado quem são as pessoas, o local onde o animal ficará e mais uma série de verificações para que haja garantias de que o bichinho será bem cuidado.
O canil, onde os animais resgatados são levados, fica na residência da Ivone. Lá eles são tratados, alimentados e separados conforme o porte, raça, fêmeas prenhas, doentes e machucados.
Cerca de 12 pessoas trabalham diretamente de forma voluntária. A maioria dos recursos para manutenção vem de doações, no qual são feitas feirinhas, brechós e em alguns pontos da cidade são recolhidas tampinhas de garrafa pet, que são trocadas por ração. Muitas agropecuárias são parceiras da Associação e fazem descontos na ração. Além dos gastos com a alimentação, tem toda a questão de remédios, banhos, tosas e limpeza do local onde os animais ficam, que devem estar sempre bem limpos.
"A comunidade poderia ajudar conhecendo mais o nosso trabalho, que é tão bonito e importante e também ajudar. Nós não temos obrigação de resgatar nenhum animal, mas fazemos mesmo assim", finaliza Carolina .
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