Doença não pode ser esquecida nem ignorada
INDAIAL - Apesar da hanseníase, antigamente conhecida como lepra, parecer uma doença esquecida, mais de 200 mil novos casos surgem por ano no mundo. Este número leva à conclusão de que é preciso ficar atento aos sintomas e sinais da doença e buscar atendimento, o quanto antes, caso eles apareçam.
De acordo com a enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Indaial, Sabrina de Vargas Souza, entre 2013 e 2017 o município registou 19 pessoas notificadas com a doença. "Atualmente temos quatro pessoas em acompanhamento. Algumas já foram tratadas ou acompanham em outros municípios". Ela destaca ainda não ter havido nenhuma notificação em 2018. "Ações de divulgação são feitas constantemente em forma de folder nas unidades básicas. Também são entregues em escolas e empresas, quando palestras são feitas", ressalta.
O que é?
Sabrina explica que a hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae (M. Leprae). A doença prejudica principalmente pele e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas.
Sintomas
Os principais sintomas da doença são manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas.
Além disso a área de pele pode estar seca e com falta de suor, com queda de pelos, especialmente nas sobrancelhas; e sensação de formigamento. A hanseníase pode causae dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés; diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos. Úlceras de pernas e pés; caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos; febre, edemas e dor nas juntas; entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz e ressecamento nos olhos são outros sintomas aos quais deve-se ficar atento.
Diagnóstico
O diagnóstico de caso de hanseníase é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio do exame geral e dermatoneurólogico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e, motoras ou autonômicas.
Transmissão
A transmissão ocorre normalmente pelas vias aéreas superiores. A doença se desenvolve dependendo das condições do sistema imunológico do indivíduo ao qual foi transmitido o bacilo. Ela apresenta longo período de incubação, em média, de dois a sete anos.
Prevenção
A procura dos casos de hanseníase deve se dar na assistência prestada à população geral nas unidades de Saúde dos municípios, bem como pela investigação dos contatos domiciliares e sociais dos casos diagnosticados, conforme recomendações das diretrizes para vigilância, atenção e controle da doença no país.
Deixe seu comentário