Vacine-se contra o sarampo

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Divulgação -
Crianças com idade entre seis a 11 meses devem receber a chamada 'dose zero' da tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola
INDAIAL - Com 15 casos de sarampo confirmados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), em Santa Catarina, a população deve ficar alerta aos sintomas e à campanha de vacinação que está acontecendo em nível de Brasil. Segundo o último boletim divulgado pela Dive, os casos confirmados podem ser considerados importados. Dentre eles, três foram em tripulantes de um navio que atracou no litoral catarinense em fevereiro de 2019 e os outros 12 estão distribuídos nos municípios de Florianópolis (10), Guaramirim (1) e Barra Velha (1). Ainda, outros cinco casos estão sob investigação.
A vacina é a única forma de prevenção contra o sarampo e conforme orienta o Ministério da Saúde (MS), o município de Indaial começou a aplicação da chamada "dose zero" da vacina tríplice viral - que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola - em todas as crianças com idade entre seis e 11 meses. A aplicação dessa dose extra, conforme o MS, é uma medida preventiva para proteger os bebês dessa faixa etária, já que eles estão mais suscetíveis a casos graves da doença e ao óbito. Nos últimos 90 dias, foram confirmados 228 casos da doenças em crianças dessa faixa etária no Brasil.
Vale esclarecer que a "dose zero" não substitui as doses da vacina já previstas no calendário nacional de vacinação. Dessa forma, as crianças ainda terão que receber as doses de rotina: aos 12 meses, com a vacina tríplice viral, e aos 15 meses, com a vacina tetraviral.
As vacinas que previnem o sarampo são: a tríplice viral (protege contra o sarampo, caxumba e rubéola) e a tetra viral (protege contra o sarampo, caxumba, rubéola e catapora). A Vigilância Epidemiológica atenta que as vacinas são seguras, gratuitas e são disponibilizadas nas unidades básicas de Saúde de Indaial.
Ainda segundo informações da Vigilância Epidemiológica de Indaial, de janeiro até o dia 26 de agosto, foram aplicadas 584 vacinas da 1ª dose da tríplice viral em crianças de um ano e 571 doses da tetra viral para essa mesma faixa etária.
Vale lembra que além das crianças, jovens e adultos também precisam tomar a vacina contra a doença. Quem não tomou as duas doses da vacina, não lembra ou perdeu a carteirinha de vacinação precisa regularizar a situação vacinal de acordo com a faixa etária. Pessoas entre um e 29 anos devem tomar duas doses com um intervalo mínimo de 30 dias entre elas e pessoas com idade entre 30 e 49 anos precisam tomar apenas uma dose. Só neste ano, 2.425 indaialenses de 30 a 60 anos, receberam a primeira dose da tríplice viral.
Em nota, a Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNIA) esclarece que a descontinuidade dessa recomendação de vacinação ocorrerá quando os estados não apresentarem casos confirmados nos últimos 90 dias. O Ministério da Saúde informará oportunamente o momento em que a vacinação de crianças menores de um ano de idade deverá ser descontinuada.
O sarampo
De acordo com a DIVE/SC, o sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbitos, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano. O vírus se espalha facilmente pelo ar através da respiração, tosse ou espirros. Uma pessoa com sarampo pode transmitir a doença para uma média de 12 a 18 pessoas que nunca foram expostas ao vírus anteriormente ou que não tenham se vacinado.
Os principais sintomas do sarampo são: febre, tosse, coriza, aparecimento de manchas vermelhas no corpo e olhos avermelhados. Apresentando sinais e sintomas do sarampo, o usuário deve procurar o serviço de Saúde imediatamente para que seja feito o diagnóstico e tratamento da doença .
A doença no Brasil
Entre o dia 30 de dezembro de 2018 a 10 de agosto de 2019 o Brasil registrou 1.680 casos confirmados de sarampo. Atualmente, se encontram em situação mais severas os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Goiás, Maranhão, Bahia, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Sergipe, Piauí e Paraná. Para interromper a cadeia de transmissão do vírus do sarampo, ações vêm sendo implementadas nessas UF, tais como: bloqueio vacinal seletivo e intensificação da rotina de vacinação.
Com o intuito de reforçar as ações contra o sarampo no Brasil e reduzir a incidência e gravidade da doença nos menores de um ano de idade, neste momento, o Ministério da Saúde recomenda a vacinação das crianças de seis a 11 meses de idade contra o sarampo, com uma dose da vacina tríplice viral.
Esta ação se justifica devido ao risco aumentado de complicações, hospitalizações e mortalidade pelo sarampo neste grupo e a necessidade de oferecer proteção a esses bebês, uma vez que, representam uma incidência de 38,3 por 100.000 habitantes.
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