Procedimento simples promete ajudar homens e mulheres que sofrem de calvície

INDAIAL- Vários fatores estão ligados à queda de cabelo, como o estresse, a pós-gestação, doenças no couro cabeludo e o principal deles, a genética. Para todas as causas, existem tratamentos específicos. Mas um dos principais métodos que vem se popularizando entre pessoas que sofrem de Alopecia Androgenética, mais conhecida como a calvície hereditária, é o transplante capilar.

Existem diversas técnicas utilizadas para a realização deste procedimento, e a mais moderna delas é a técnica Follicular Unit Extraction (FUE). O dermatologista Dr. Rafael Reinert, especialista em transplante capilar, que atua na área há mais de oito anos e há quatro meses trouxe essa novidade para a cidade de Indaial, vai nos explicar como funciona todo o processo do transplante capilar e cicatrização.

O Dr. Reinert explica que com a técnica FUE, os fios são retirados um a um com o uso de punchs - instrumentos utilizados para a extração de folículos que fazem cortes de apenas 1 milímetro - e transplantados também de forma unitária seguindo o desenho original onde estavam os cabelos antes de ocorrer a calvície. "Os fios são retirados da parte de trás da cabeça do próprio paciente e depois todos os folículos são analisados para verificarmos qual irá crescer e qual não vai. Após, todos os fios são separados e contados. Para efetuar os implantes, é usado um bisturi de safira, e seu tamanho pode variar de acordo com a espessura do fio", explica.

A quantidade de folículos que irão ser retirados dependerá do grau de calvície do paciente e do tamanho da área afetada. Isso é medido pela quantidade de fios que o paciente tem em cada cm². "Um paciente com calvície severa, precisa de 20 mil folículos em média.

Nesses casos, realizamos o transplante em duas sessões, pois o trabalho é minucioso e demorado", destaca o especialista. Além de ser um trabalho minucioso, envolve aproximadamente seis pessoas, dentre elas dois médicos e quatro enfermeiras e é feito em um centro cirúrgico. O tempo de duração do procedimento é longo, podendo demorar até 14 horas. "Se a equipe está programada para retirar 12 mil folículos em 7 horas, levaremos mais 7 horas para colocá-los no paciente", completa Reinert.

Pós-operatório

Depois da realização do procedimento, o paciente deverá cuidar para não pressionar o local transplantado para que os fios não sejam danificados. Logo no dia seguinte, o curativo já é retirado e durante os primeiros sete dias pós-operatórios, o paciente retorna à clínica a cada dois dias, para que o cabelo seja lavado da forma adequada por uma profissional da Saúde. O processo de cicatrização é rápido, mas nos primeiros meses, é preciso fazer uma visita ao médico para análise. Também é preciso cuidar ao tomar sol nos primeiros seis meses pós transplante, evitando a exposição solar em excesso.

Mulheres

Assim como nos homem, muitas mulheres também sofrem com a perda de cabelos, por exemplo, mulheres que possuem síndrome de ovários policísticos, que vão para a academia e usam hormônios masculinos e ainda existem as falsas calvícies. "Existe ainda uma escala de calvície feminina, a Escala Sinclar, a qual é possível avaliar em qual estágio a paciente se encontra para melhor orientá-la",enfatiza Reinert.

Restrições

Segundo Reinert, há pessoas que não podem fazer o procedimento. " Isso é muito raro, mas existem casos que não tem como fazer o transplante. Existem algumas doenças que geram reações inflamatórias no couro cabeludo como o Líquen Plano Pilar (LPP), que afeta os folículos pilosos, e dessa forma não dá para realizar o transplante em cima", finaliza.