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Saúde mental de adultos e idosos

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Psicóloga, Aline da Silva Schmidt, fala sobre o momento atípico que todos estão vivendo

TIMBÓ - "Estamos enfrentando um momento bem atípico, o qual não imaginávamos vivenciar". Com essa frase a psicóloga, com pós-graduação em Psicologia da Saúde e Hospitalar, pela Faculdades Pequeno Príncipe, de Curitiba e que trabalha no atendimento de adultos e idosos, Aline da Silva Schmidt fala sobre os cuidados com a saúde mental neste momento onde muitas pessoas, por serem do grupo de risco, tiveram que se isolar da convivência social.

Segundo a profissional não nos preparamos para isto. Mas cada um encara de forma diferente tudo isso. "Tivemos que nos adaptar, de muitas formas, no trabalho, na rua e em casa. Acabamos por sentir, mais frequentee e intensamente, emoções como a raiva, a tristeza e o medo. E quando não expressamos isto de alguma maneira, acabamos adoecendo".

Aline observa que quando falamos em saúde mental, nos referimos à capacidade de cada indivíduo em lidar com suas emoções, seus sentimentos e seus pensamentos. "É preciso desenvolver meios e estratégias para lidarmos com as situações do dia a dia.

Entre as mudanças que nós precisamos fazer, podemos citar a forma que executamos o trabalho. Tivemos de nos adaptar para o mundo virtual, por exemplo. Teve seus benefícios e facilidades, mas também trouxe uma sobrecarga mental. Nestes casos, o estresse e a ansiedade são fatores a serem observados. Quando esses sentimentos passam a ser exagerados, ou seja, presentes na maior parte do dia, ou que tragam algum tipo de prejuízo para a pessoa, é preciso acender o alerta, e pensar em estratégias para extravasar de forma saudável essas emoções e reavaliar a rotina, fazendo as mudanças necessárias".

De acordo com a profissional, a longo prazo uma rotina corrida, com muitas coisas para fazer, sem tempo de curtir o que se gosta, pode levar ao desenvolvimento de outras condições como ansiedade e depressão.

Aline destaca que, quanto aos idosos, é importante ter um olhar atento a eles, pois além da doença em si, temos o isolamento como estressores. Podendo trazer sentimentos de solidão e sensação de inutilidade, que se não receber a devida atenção, poderá levar ao desenvolvimento de ansiedade, depressão e até pensamentos suicidas. No cuidado aos idosos, vale manter uma rotina com bom humor, conversas abertas, esclarecendo a importância dos cuidados e os riscos, e também ouvi-los para que se sintam acolhidos e entendidos em sua dor.

De acordo com a psicóloga: "Para mantermos nossa saúde mental em dia, e ter mais qualidade de vida em um momento como esse, e isso vale para todos, além dos cuidados básicos que já sabemos, (higiene e distanciamento) é preciso falar sobre o que sentimos, buscar maneiras de extravasar essas emoções de formas saudáveis, e manter uma rotina com alimentação saudável e exercícios. Caso perceba em alguém a sua volta, sintomas com mais frequência como a tristeza, desânimo, falta de esperança ou até mudança de comportamento, incentive-o a buscar ajuda profissional".

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