Empresário defende que o estado se transforme em uma referência no setor tecnológico
INDAIAL - Apoiado em números expressivos apresentados pela pesquisa Acate Tech Report, divulgada pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), em parceria com a Neoway, o empresário Jorge Cenci, um dos fundadores da Senior Sistemas, que acaba de completar 30 anos e está entre as maiores do seu segmento, decidiu apresentar um projeto de alavancagem do setor tecnológico para as entidades e lideranças.
Para ele, Santa Catarina possui imenso potencial nesta área e já está no momento de investir para tornar o estado em um polo de referência em tecnologia. "Estou delineando um projeto que envolva governo, empresas e entidades, com o objetivo de tornarmos Santa Catarina reconhecido pela tecnologia que produz aqui, assim como é no Vale do Silício", avalia. Assim como já foi feito em outras épocas, com incentivo à indústria têxtil no Vale do Itajaí e turismo no estado, agora, de acordo com o empresário, é a vez da tecnologia.
Atualmente, segundo o estudo da Acate, 37% das empresas de tecnologia estão concentradas em Florianópolis, 28% no Vale do Itajaí e 19% no Norte catarinense. Na comparação com outros 12 polos nacionais, a capital catarinense é considerada o terceiro maior do Brasil, perdendo em faturamento apenas para Campinas (SP) e Rio de Janeiro.
O projeto, que ainda está sendo formatado, contempla incentivo a novos empreendedores, por meio de programas de capacitação, aceleradoras, incubadoras e uma rede de investidores anjos e fundos de capital de risco para quem pensa em criar a sua própria startup. "Muitas empresas atuais já são resultados de incubadoras, mas é necessário ampliar o incentivo às empresas tecnológicas para outras cidades de Santa Catarina. Estamos muito concentrados em Florianópolis, Blumenau e Joinville", enfatiza.
De acordo com Cenci, o setor tecnológico é o único com capacidade para a geração de empregos na velocidade que é necessária para reduzir o número de pessoas desempregadas. Já as pesquisas apontam que há empregos sobrando na área tecnológica. "Então qual o segredo para transformar os catarinenses desempregados em empregados em empresas desse setor? Um plano de incentivo a empresas tecnológicas e investimento em educação. É necessário preparar, principalmente, os jovens para essa nova realidade", defende.
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