ONU reconhece participação feminina para sustentabilidade

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Tema de 2022 enfatiza liderança de mulheres pela sustentabilidade em todo o mundo
A Organização das Nações Unidas (ONU), anualmente, escolhe um tema para celebrar o Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje, 8 de março. Neste ano, o tema escolhido foi "Igualdade de gênero hoje para um amanhã sustentável", que visa a reconhecer a contribuição de mulheres e meninas que estão trabalhando pela sustentabilidade, em prol de um futuro mais sustentável para todo o planeta.
A ONU enfatiza que o avanço da igualdade de gênero, no contexto da crise climática, é um dos maiores desafios do século XXI. Para a historiadora e professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Cristina Scheibe Wolff, o tema é importante porque destaca a necessidade de uma transformação cultural na sociedade. "Coloca a diferença social entre homens e mulheres como uma questão histórica e cultural, que pode ser modificada", argumenta.
Segundo a ONU, as mulheres são mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas, pois constituem a maior parte da população do planeta que é considerada pobre, e são mais dependentes dos recursos naturais ameaçados.
História da data
A criação do Dia Internacional da Mulher remete ao início do século XX, com movimentos de mulheres nas ruas de Nova York reivindicando melhores condições de trabalho. Um incêndio em uma fábrica de Nova York em 1911 que deixou 146 vítimas, sendo 125 mulheres, escancarou as más condições de trabalho e contribuiu para a efervescência do movimento feminino na época.
"O 8 de março é uma data que marca essa luta das mulheres por igualdade de gênero, por direitos iguais, contra violência, por direitos reprodutivos, por poder decidir sobre o seu próprio corpo e pela educação", explica Cristina.
Mesmo com avanços sociais significativos para as mulheres, elas ainda enfrentam desigualdades. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que as mulheres receberam somente 77,7% dos salários dos homens em 2019. Além disso, apenas 34,7% dos cargos de gerência no país eram ocupados por mulheres.
Cristina explica que, mesmo recebendo salários menores, as mulheres também têm jornadas de trabalho duplo e acabam se encarregando de trabalhos de cuidado, que não são remunerados. Exemplo são os trabalhos domésticos, cuidados com idosos, pessoas doentes e crianças.
*Com informações da Agência Adjori/SC de Jornalismo
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