Infestação de caramujos

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Ilustração -
Vigilância Sanitária orienta o descarte correto dos moluscos
INDAIAL - Os indaialenses devem ter notado que nos últimos dias está ocorrendo um aumento na presença do caramujo-gigante-africano nas residências.
A Vigilância Sanitária tem recebido reclamações que chegam de todos os bairros da cidade, especialmente do bairro Rio Morto, onde há o maior registro de ocorrências.
O molusco, de nome científico Achatina fulica, foi trazido da África para o Brasil em 1980, com o intuito de ser utilizado unicamente na gastronomia, para substituir o escargot. Porém a espécie não agradou os consumidores e foi proibida pelo Ibama. Sendo assim, os criadouros acabaram por liberar os moluscos na natureza sem as devidas precauções.
De acordo com o coordenador da Vigilância Sanitária, Rogério Brassiani, o caramujo tem maior incidência em períodos de calor, mas que os cuidados para evitar a proliferação do animal devem ser realizadas durante o ano todo.
A Vigilância Sanitária explica que eles não fazem o descarte dos animais, e alertam a população das etapas do processo de eliminação do molusco. Primeiro é preciso que o morador realize de forma manual a catação dos animais e seus ovos, colocando-os em recipientes. Posteriormente, quebre suas conchas antes de eliminá-los, pois tais estruturas podem acumular água e servirem de criadouro em potencial para os ovos do Aedes aegypti. Depois, recomenda-se a aplicação de cal virgem sobre os caramujos quebrados e o posterior enterramento em local longe de lençóis freáticos, cisternas ou poços artesianos.
Também é preciso tomar cuidado nesse processo e é recomendado o uso de luvas, pois o caramujo pode transmitir doenças se for consumido cru ou se o ser humano entrar em contato de forma direta com as secreções do animal.
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