Projeto aprovado no plenário da Câmara de Vereadores aguarda a sanção do prefeito André Moser

INDAIAL - Em breve, Indaial passará a contar com a Semana Municipal de Conscientização e Combate à Violência Contra a Pessoa Idosa. O Projeto de Lei de autoria da vereadora Aurora Antunes Coelho (PT) foi aprovado na sessão da Câmara de Vereadores de Indaial, no início deste setembro. Para que entre em vigor, o projeto depende da sanção do prefeito André Moser (PSDB).

O objetivo é realizar ações que garantam a efetividade do Estatuto do Idoso referente ao combate à violência e será realizada anualmente em junho, coincidindo com o dia 15 de junho, que é o Dia Mundial de Enfrentamento à Violência Contra os Direitos da Pessoa Idosa.

De acordo com a parlamentar, "considerando a necessidade de uma política mais efetiva para com os cuidados e zelo daqueles que tanto fizeram por todos nós e pela nossa cidade e sociedade, é que este projeto vem a contribuir para a promoção e efetivação de ações em favor da garantia dos direitos da pessoa idosa", explica. Outro objetivo é que haja ações para que os idosos possam envelhecer com saúde e qualidade de vida, já que muitos se encontram em difíceis condições físicas e mentais, necessitando assim do apoio do poder público. "É através do conhecimento e da informação que podemos diminuir ou evitar este tipo de violência", desabafa.

Envelhecimento da população

Estudos mostram que o envelhecimento populacional representa a maior conquista da humanidade e em 2050, pela primeira vez, haverá mais idosos que crianças menores de 15 anos. Projeções estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o período de 1975 a 2025 será a era do envelhecimento, a população de idosos no país crescerá 16 vezes colocando o Brasil no ranking da sexta população idosa do mundo, ou seja, mais de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais.

Apesar de muitos indicadores positivos, paradoxalmente, a pessoa idosa é vítima de várias formas de violência. Este fenômeno representa um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Este tipo de violência acontece em todas as raças, classes sociais, religiões, escolaridades, etnia e sexo. Estudos revelam que o idoso que sofre mais violência é, na sua maioria, do sexo feminino, solteira/viúva, 75 anos ou mais, baixa escolaridade e que apresenta alguma doença neurológica, reumática ou psíquica.

Os números de ocorrência de violência contra a pessoa idosa muitas vezes é subnotificada, não revelando a magnitude do problema. Além do mais, não é fácil para o idoso quebrar este silêncio, visto que a maioria dos casos acontece no âmbito familiar e são praticados pelos seus companheiros, filhos, netos parentes próximos ou cuidador, levando a pessoa idosa ao sentimento de incapacidade de enfrentar o problema pela solidão e o isolamento e, consequentemente, a um quadro depressivo grave.