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HBR acumula dívida de mais de R$ 17 milhões

  • André Hahnebach -

De acordo com o prefeito André Moser essa é a maior dívida da história do Hospital

INDAIAL - Foi realizada na manhã de ontem, dia 8 de maio, nas dependências do Hospital Beatriz Ramos (HBR), uma reunião com o prefeito André Moser, a interventora da unidade hospitalar, Adriane Ferrari, o secretário de Administração e Finanças e agora ocupando também a pasta municipal de Saúde, Silvio César da Silva e o contador do HBR, Pedro Bambineti, com a finalidade de apresentar para a imprensa o relatório da auditoria efetuada na instituição filantrópica.

Moser inicia a explanação falando sobre o valor atual da dívida do Hospital. "No dia 30 de março, o montante apurado pela auditoria prospecta, aponta que o HBR tem uma dívida consolidada de R$17.647.351,53. Essa é a maior dívida da história do HBR", registra Moser.

 Esse valor é composto por: mais de R$ 3,7 milhões para pagamento de fornecedores (médicos que prestaram serviços à unidade); R$ 5,8 milhões referentes às obrigações trabalhistas (INSS,FGTS, entre outros); R$ 5,3 milhões de obrigações tributárias (PIS, Cofins, Imposto de Renda, entre outros); R$ 171 mil de outras obrigações tributárias; R$ 80 mil de outras obrigações (adiantamentos e despesas diárias); R$ 2,4 milhões sobre o passivo exigível a longo prazo, que são provisões feitas sobre ações trabalhistas que o Hospital responde e poderá vir a pagar.

Silvio César da Silva, que está dando suporte ao Hospital na questão administrativa, apresentou alguns dados referentes ao diagnóstico que levou a Administração Municipal a intervir na gestão da unidade hospitalar, e muitos dos dados já haviam sido apresentados na coletiva de imprensa realizada no mês de março.

Foram apresentados gráficos da evolução dos repasses feitos pelo município com recursos livres. Em 2017 de recursos livres, foram repassados para a Secretaria de Saúde mais de R$ 26 milhões. Dentro desse valor, está o contrato do Hospital. "Mas entre recursos livres e vinculados, os investimentos ficaram na ordem de R$ 40 milhões", destaca Silva.

Outro dado importante, e que chama a atenção, é a porcentagem de pessoas que são internadas no Hospital e que vem a óbito. A partir de 2016, houve um aumento considerável, chegando a 4,15% no ano 2017, índice considerado alto. "Então há um contrasseno, você tem o maior recurso investido e aumento da taxa de mortalidade", pondera Silva.

Sobre as internações, apenas 34,5% dos leitos vem sendo ocupados no HBR, que de acordo com Silva, a baixa taxa de ocupação é preocupante. O principal fator que levou o HBR ao acúmulo de dívidas, conforme enfatiza Moser, que em 2013, os faturamentos de procedimentos cirúrgicos, que englobam os convênios, Sistema Único de Saúde (SUS), médicos que operavam no Hospital e geravam receita, giravam em torno de R$ 1.558.680,92. Já em 2017, o número já havia caído para R$ 826.943,74. Os hospitais da região teriam começado a oferecer melhores propostas e estrutura aos profissionais, que passaram a atender em outros locais.

O contador Bambineti, fez uma explanação detalhada a respeito do balanço patrimonial do HBR referente aos últimos quatro anos e incluindo o primeiro trimestre de 2019. Na demonstração dos resultados do exercício, onde integram os valores de entrada e saída, o ano de 2018 fechou com déficit de mais de R$ 2,7 milhões, já em 2017, os números apontaram o fechamento do caixa com superávit de R$ 34 mil. Em 2019, até o mês de março, o Hospital já possui R$ 592 mil em saldo negativo.

Silva explica também a situação de alguns impostos que até então não eram pagos, mas que agora no mês de maio, passaram a ser depositados, como o FGTS, que contabilizou cerca de R$38 mil.


Melhorias

Conforme Adriane, as principais melhorias a serem implantadas são: como aumentar a taxa de ocupação dos leitos, reduzir o tempo de espera dos atendimentos do pronto-socorro, aumentar o faturamento em convênios e particulares, implantação do protocolo de Cirurgia Segura, redução de horas extras, atualização diária de prontuários e alta de pacientes.

Ainda, Moser destaca sobre o pagamento dos impostos que passou a ser efetuado em dia e de todo trabalho que começou a ser feito para tornar o Hospital referência em alguma especialidade, assim como o Hospital Oase de Timbó.


Leilão

Quanto ao leilão, a Administração Municipal pede apoio de toda a comunidade para continuar unindo esforços para que o parcelamento da dívida possa ser efetuado. Moser explica como está a situação atual dessa questão. "Estamos junto com a procuradoria federal para negociar esses tributos para conseguir uma dilação do prazo deste parcelamento para que Hospital não vá a leilão". Vale ressaltar que o prazo para negociação da dívida é até 1º de julho de 2019. Caso nenhuma tratativa seja efetuada até a data, o imóvel irá para leilão no segundo semestre deste ano, nas seguintes datas: 18 de setembro; 2, 16 e 30 de outubro.


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