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Saúde

HBR aborda o tema 'Cuidados Paliativos'

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O médico Célio Alves dos Santos ministrou workshop sobre o assunto

INDAIAL - Promover o alívio da dor e de outros sintomas responsáveis pelo sofrimento humano, oferecendo suporte aos pacientes e aos seus familiares, melhorando a qualidade de vida, influenciando positivamente a evolução da doença. Esses foram os objetivos do primeiro workshop oferecido pela administração do Hospital Beatriz Ramos (HBR) de Indaial, aos profissionais médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além de outros funcionários da área da Saúde junto à instituição.
O workshop, que trabalhou o tema "Cuidados Paliativos", aconteceu nos dias 23 e 24 de agosto, junto ao HBR, sendo ministrado pelo médico geriatra com atualização em Medicina Paliativa, doutor Célio Alves dos Santos.
Em entrevista à redação, o médico afirma que os cuidados paliativos oferecidos aos pacientes deverão ser iniciados desde o diagnóstico da doença, seguindo paralelamente com o tratamento modificador da mesma. "Não se pode mais pensar em cuidados paliativos somente no fim da vida, pensamento comum de muitas pessoas e de muitos profissionais da área. É preciso desmistificar esses conceitos de que os cuidados paliativos são apenas para pacientes sem perspectiva de vida e com morte certa; de que não há mais nada a se fazer".
Durante a sua apresentação o médico frisou que: "sempre há o que se fazer. O conforto ao paciente, o alívio da dor, da falta de ar (dispneia), da náusea, do vômito, da depressão, do medo, da insegurança, o cuidado no suporte emocional e espiritual, tanto do paciente quanto de sua família. Tudo isso é extremamente importante e deve ser oferecido imediatamente, sem demora".
Santos destaca que paliar é cuidar, proteger. "É amar sem medidas. É confortar o outro no momento do que nós chamamos de "Dor Total". Aquela dor física, emocional, social, espiritual, familiar, todos esses elementos em um só lugar. Para isso, precisamos nos preparar. Estarmos aliados como equipe em prol do paciente e de seus familiares".
O médico explica que durante o workshop vários temas foram abordados, como por exemplo; como dar notícias difíceis, como abordar o paciente e seus familiares nas mais diferentes situações, como se comportar diante de situações difíceis; como administrar medicamentos em pacientes com dificuldade para deglutir; em pacientes em coma ou com Doença de Alzheimer avançada; ou em confusão mental; ou pacientes com difícil acesso venoso (medicamentos aplicados na veia); pacientes idosos que muitas vezes são perfurados inúmeras vezes para puncionar um vaso, gerando dor e muito sofrimento para o paciente e para a equipe. "A técnica de Hipodermóclise, via de administração de fluidos (soro) e medicamentos pela via subcutânea, foi extensamente abordada, debatida e ensinada, inclusive com prática, no workshop, tudo isso com o intuito de melhorar o atendimento aqueles que necessitam de cuidados especiais".
Santos comenta que vale lembrar que essa técnica pode ser aplicada para outras situações que não sejam especificamente cuidados paliativos. "Ela só não funciona para setor de emergência, mas para pacientes internados, funciona muito bem".
O workshop contou com a participação da farmacêutica bioquímica Maike Lia Krausser, que abordou o tema da via subcutânea de maneira mais científica, quais os medicamentos que podem ser utilizados e de que maneira eles agem nessa forma de administrá-los.
Para Santos a humanização dentro dos hospitais e dos locais onde há tratamentos para pacientes, seja ele quem for, deve ser eficaz, verdadeira e trazer conforto e paz para todos aqueles que precisam. "Faz-se necessário que busquemos dentro de nós mesmos as mudanças. Mudanças para o melhor, para o amor e a ternura para que desta forma possamos transformar o mundo em um lugar mais humano, mais justo e com mais dignidade e quem sabe transformar o morrer num momento de paz, sem dor, sem sofrimento algum e não permitir, jamais, que o paciente morra como um objeto".


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