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HISTÓRIAS DE VIDA

Fotografia como paixão

  • FOTOS/ARQUIVO PESSOAL/BETO FOTOGRAFIAS -

No Brasil, o Dia Nacional do Fotógrafo é celebrado na data de 8 de janeiro como uma homenagem aos profissionais que dedicam suas vidas a essa arte visual única. Para marcar a data, a redação do Jornal do Médio Vale (JMV) teve a oportunidade de entrevistar três profissionais que tem na fotografia como uma das paixões de suas vidas: Alberto Carlos Barreto da Silva, José Roberto da Veiga e André Giovanella.

FOTOS/ARQUIVO PESSOAL/BETO BARRETO

O primeiro entrevistado é o timboense Alberto Carlos Barreto da Silva, mas no mundo artístico, é conhecido como Betto Barreto. “Tenho 63 anos e uma paixão que me acompanha desde sempre: a fotografia. Essa paixão nasceu do meu envolvimento com o mundo da moda, no qual sempre estive imerso. Inicialmente, meu contato com a fotografia era indireto, levando fotógrafos aos eventos onde atuava como colunista social. No entanto, a necessidade de agilizar o trabalho diante das agendas conflitantes levou-me a registrar pessoalmente os momentos que testemunhava”.

Barreto conta que “a fotografia sempre exerceu um fascínio sobre mim, especialmente a arte de capturar pessoas em seus momentos mais autênticos. Transmitir, por meio da minha sensibilidade, a alegria, o glamour e os encontros que presencio é o que mais me realiza nessa jornada fotográfica. Possuo uma câmera semiprofissional, mas com o avanço tecnológico, a velocidade da comunicação e a praticidade dos celulares modernos, encontrei na mobilidade uma aliada. Atualmente, em muitos eventos, opto por registrar instantes preciosos com meu celular, possibilitando compartilhar em tempo real nas redes sociais”.

O profissional observa que “Timbó é uma cidade que me acolheu calorosamente, e uma das primeiras fotos que realizei lá tornou-se especial para mim, por representar um ponto turístico que guardo com carinho. Minha rotina de cobertura fotográfica, especialmente para minhas colunas em jornais e revistas, ocorre predominantemente à noite. A gestão da luz torna-se crucial, exigindo ajustes na edição para alcançar resultados visuais encantadores. Contar com um bom flash é fundamental nesses momentos”.

Segundo Barreto “o cenário da fotografia contemporânea está cada vez mais acessível, graças aos avanços tecnológicos e aplicativos de edição. No entanto, a sensibilidade do fotógrafo permanece inigualável na captura de momentos especiais. Encontrar espaço nos eventos, em meio à busca incessante por conteúdo nas redes sociais, é um desafio constante. A evolução tecnológica na fotografia transforma rapidamente a maneira como capturamos, editamos e compartilhamos imagens. Acompanhar essa evolução é essencial para quem busca se manter relevante nesse cenário em constante mudança. Desde os tempos em que o telefone servia apenas para chamadas de voz, venho acompanhando o trabalho de renomados fotógrafos de moda nos grandes centros do país. O mundo da moda exerceu profunda influência em mim, e na região, encontro inspiração em diversos fotógrafos, como Eduardo Godri, que generosamente compartilhou sua sabedoria comigo”.

Conforme o profissional “a fotografia desempenha um papel crucial na sociedade contemporânea, documentando momentos, contando histórias e influenciando a percepção pública. Ela captura a diversidade, promove a conscientização e proporciona uma forma poderosa de expressão artística e comunicação visual. Para aqueles que desejam ingressar no universo da fotografia, é fundamental cultivar o amor pela arte. Buscar conhecimento, praticar regularmente para aprimorar habilidades, experimentar estilos e técnicas variados, além de buscar inspiração em outros fotógrafos, são passos essenciais. Dominar a câmera e compreender os fundamentos da composição são a base para o desenvolvimento contínuo nesse apaixonante caminho visual”.

FOTOS/ARQUIVO PESSOAL/BETO FOTOGRAFIAS

Uma vida jornada de amor 

O indaialense, José Roberto da Veiga, é um renomado fotógrafo de 65 anos, cuja trajetória é marcada por uma paixão duradoura pela fotografia. José Roberto iniciou sua carreira aos 15 anos, trabalhando ao lado de seu tio, Mario Holetz, em 1º de março de 1974. Essa experiência inicial moldou seu destino na fotografia, despertando uma paixão que o acompanha até hoje. 

Em entrevista, José Roberto da Veiga, conhecido pelos amigos como “Beto”, relata que ao longo de sua carreira, desenvolveu uma predileção por fotografar eventos e trabalhar em estúdios. Utilizando equipamentos Nikon, ele destaca a confiabilidade e qualidade dessa marca em sua prática fotográfica.

 

FOTOS/ARQUIVO PESSOAL/BETO FOTOGRAFIAS

Questionado sobre experiências marcantes, Veiga relata que uma jornada de quatro décadas no Foto Rex de Mário Holetz foi crucial para o seu amadurecimento profissional. “Há dez anos, decidi abrir meu próprio estúdio, Betofotografias, marcando uma nova fase significativa em minha carreira”.

No quesito abordagem à composição e iluminação, o fotografo compartilha sua abordagem centrada na captura de expressões e momentos precisos. Sua atenção à composição e iluminação visa eternizar emoções genuínas em cada clique. “Como profissional, o maior desafio é atender às expectativas do cliente da melhor maneira possível. Quanto à evolução tecnológica, vejo as inovações como ferramentas que facilitam e aprimoram o trabalho do fotógrafo”.

 

FOTOS/ARQUIVO PESSOAL/BETO FOTOGRAFIAS

Beto afirma que ao longo de sua carreira, sempre se inspirou em seu mestre e tio, Mário Holetz, cuja influência continua a ser uma bússola para sua prática fotográfica.
Questionado sobre o papel da fotografia na sociedade contemporânea, o profissional comenta que “com as novas tecnologias, a fotografia tornou-se uma presença constante no cotidiano de todos. Para mim, a fotografia desempenha um papel vital na documentação e expressão da sociedade contemporânea”.

Ao encerrar a entrevista, Beto deixa um conselho valioso para os aspirantes a fotógrafos: “Procure sempre clicar com amor, carinho e simpatia. Uma abordagem que reflete não apenas sua técnica, mas também o profundo respeito pelas histórias que as fotografias contam”.


FOTOS/ARQUIVO PESSOAL/ANDRE GIOVANELLA

Amante das belezas naturais 

Para finalizar essa série de entrevistas vamos apresentar a jornada fotográfica do indaialense, André Giovanella, de 44 anos. O profissional relata que há mais de 15 anos, iniciou sua trajetória na fotografia, um caminho permeado pela descoberta das belezas naturais de Indaial. Sua inspiração veio de grandes fotógrafos locais, como Mário Holetz, cuja fama nacional e internacional se originou nesta cidade.  

Participante ativo do Foto Clube de Santa Catarina, Giovanella se autodenomina um jovem fotógrafo “aprendiz”, dedicado a explorar novos olhares e expressões através de sua criatividade.

Seu estilo fotográfico preferido é voltado para paisagens naturais, uma escolha que reflete seu amor pelas belezas de Indaial. Apesar de possuir câmeras de última geração, Giovanella destaca o valor da simplicidade, frequentemente utilizando uma Nikon d3000 no dia a dia. Para ele, a qualidade da fotografia reside não apenas nos equipamentos, mas em um olhar diferenciado que explora ângulos inusitados.

Ao longo de sua jornada, Giovanella coordenou uma exposição notável em 2010, reunindo 10 fotógrafos de Indaial. A mostra, exibida na Fundação Indaialense de Cultura e em outros espaços da cidade e vizinhanças, consolidou-se como um marco significativo em sua carreira.

 

FOTOS/ARQUIVO PESSOAL/ANDRE GIOVANELLA

Na abordagem de composição e iluminação, o profissional observa que a importância da luz natural, especialmente durante a “hora dourada”. Sua filosofia inclui a simplificação da composição, eliminando elementos desnecessários para destacar a beleza da cena.

Desafios não são estranhos para um fotógrafo profissional. Giovanella destaca a constante evolução tecnológica e a necessidade de manter-se atualizado. A busca pela inovação e criatividade é constante, enquanto a proteção dos direitos autorais em meio ao avanço da inteligência artificial representa um desafio ético.

Para lidar com as mudanças tecnológicas, o profissional participa ativamente de workshops, cursos online e eventos, promovendo a troca de conhecimento com outros profissionais. Sua abordagem flexível e adaptativa destaca-se como uma vantagem crucial.

 

FOTOS/ARQUIVO PESSOAL/ANDRE GIOVANELLA

A influência marcante de Mário Holetz moldou o trabalho de Giovanella, inspirando-o a explorar as potencialidades da fotografia. Ele enxerga a fotografia como uma poderosa forma de comunicação visual na sociedade contemporânea, capaz de documentar eventos históricos, culturais e sociais, além de inspirar mudanças e aumentar a conscientização.
Para os aspirantes a fotógrafos, Giovanella oferece conselhos sábios: paciência, persistência e abertura para experimentar são fundamentais. Destaca a importância da observação da luz, aprimoramento contínuo e o desenvolvimento de uma assinatura visual única como elementos essenciais para o sucesso na fotografia.

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