Impacto econômico foi apontado em levantamento realizado por cinco secretarias municipais da região

INDAIAL - Conseguir o agendamento de um exame ou de uma consulta nem sempre é tarefa fácil, ou melhor, ágil. E se junta a esse quadro mais uma barreira, o número de faltas não comunicadas, que geram não apenas a impossibilidade do agendamento de outro paciente, como também prejuízo financeiro.

Os secretários de Saúde de cinco municípios - Adriane Ferrari (Indaial), Humberto Martins (Brusque), Ronie Loewen (Benedito Novo), Enilson de Freitas (Ascurra) e Rafael Ramthun (Pomerode) - se reuniram para fazer um levantamento mais amplo do número de faltas em consultas agendadas.

O resultado apontou um total de 31.371 faltas por ano. Eles realizaram ainda um comparativo, estimando o custo médio de uma consulta em uma Unidade de Saúde, foi possível apontar um valor aproximado de R$ 2,6 milhões desperdiçados em 2017. Isto levando em conta estes cinco municípios.

Os secretários discutem a articulação de uma grande campanha de conscientização. Além disso, existe a ideia de buscar apoio no Ministério Público para otimizar a aplicação dos recursos públicos.

Indaial

Em 2017 foram agendadas 174.004 mil consultas em Indaial, destas, 8.219 pessoas faltaram. Se levarmos em conta os números relativos a agendamentos e faltas, o maior percentual de não comparecimento se dá nos agendamentos com o cirurgião dentista, 13,07%.

De acordo com Adriane, o município implantou uma central de ligação e higienização de filas de espera, ou seja, o funcionário liga para o paciente com 48 horas de antecedência para confirmar as consultas. "Os índices de faltas eram maiores ainda no município de Indaial", revela.

Ascurra e Pomerode  

Freitas, que comanda a Secretaria de Saúde de Ascurra, explica que desde que os dados começaram a ser lançados no sistema, o percentual de faltas é 11,87%. "Creio que índice seja maior, pois não era rotina alimentar o sistema no passado". Já em Pomerode, Ramthun revela uma melhora nos indicadores após o lançamento de uma campanha de conscientização. Em comparação com 2016, o número de falta reduziu 12,89%.