Duas das figuras mais conhecidas em Indaial, Fink e Vilsinho, deixam a estatal dia 10 de setembro
INDAIAL - Duas grandes figuras importantes da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) vão deixar a estatal no dia 10 de setembro. Antônio Carlos Fink e José Vilson Brassiani estão se aposentando por meio de um programa de incentivo a aposentadoria pelo tempo de serviço prestado a empresa e pela idade.
A redação do jornal O Indaialense entrou em contato com ambos e realizamos uma entrevista especial com esses dois nomes que trabalharam mais de 30 anos a serviço da região do Vale do Itajaí. Fink e Vilsinho, como são chamados, contam um pouco da sua trajetória dentro da estatal, contribuição para a comunidade, problemas que já enfrentaram, relação entre os dois e dos novos projetos a partir de agora.
Antônio Carlos Fink, formado em engenharia civil pela FURB, é o atual chefe da agência da Casan de Indail, trabalha na estatal a 37 anos e ocupou diversos cargos ao longo do tempo, como fiscal de obras e chefe da SEOPA. Antônio também é vereador de Indaial pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Conte-nos um pouco sobre a sua trajetória na Casan
Fink - Ingressei na empresa em 1981 com 21 anos de idade para ser encanador mas fui registrado na função de assistente administrativo. Na época não existiam equipamentos como máquinas, tanto que ajudei a fazer ampliação de rede a base de pá e picareta, meu sonho era ser engenheiro e para isso cursei engenharia civil, em 1991. Desde então, ocupei a função de Engenheiro da CASAN.
Qual foi a sua contribuição para a região do Vale do Itajaí neste tempo que permaneceu na estatal?
Fink - Proporcionamos meios para promover os serviços oferecidos pela CASAN, como engenheiro, acompanhando ampliações e construções de novas estações de tratamento (ETAs), elevatórias e reservatórios em Timbó, Ibirama, Rio do Sul e Indaial, proporcionando melhor abastecimento de água para os municípios.
Como era ter que lidar com os problemas que surgiam, sendo que muitas vezes as população se reportava a vocês por serem os nomes mais conhecidos?
Fink - Quando jovem, entendia que era dever nosso como servidor atender bem as pessoas e com isso viria o reconhecimento independente de quem você era ou cargos que exerceria e assim foi ao longo dos anos e fomos adquirindo experiências e sabedoria. Passamos a compreender e lidar com as mais diversas situações e posso dizer que por onde passo vejo o reconhecimento de um bom trabalho.
Qual foi o maior problema já enfrentado pela Casan, no período de sua atuação, seja a respeito de escassez de chuvas ou falta de verbas? Pode comentar a respeito.
Fink- Um dos problemas enfrentado pela empresa foi a perda de sistemas e estiagens prolongada que causa escassez de água e nos pequenos mananciais.
E a respeito da municipalização da Casam, isso poderá acontecer ou a opção está descartada?
Fink - O convenio da Casan de Indaial com a Prefeitura, foi renovado em 2016, com prazo de 30 anos.
Já há nomes de substitutos na gestão da Casan? Ou ainda não foram divulgados?
Fink - Já, o servidor Valdeci Ferreira, ocupará o cargo de chefe da agencia, o servidor Daniel ocupará cargo chefe Comercial, Janete ocupara cargo chefe da SEOPE e Marcelo permanecerá no cargo de chefe da SEOPA.
Como você se sente saindo da empresa depois de tantos anos?
Fink - Sinto me realizado, na certeza de ter feito tudo da melhor forma que pude, com os recursos e condições disponíveis em momento.
Um recado para a população de Indaial, a respeito da qualidade da água e esgotamento sanitário?
Fink- Que todos os munícipes que são atendidos pela CASAN podem ficar tranquilos, que a agua fornecida de é de qualidade, atendendo a portaria do Ministério da Saúde que trada dos parâmetros de qualidade. Quanto ao esgoto, está em fase de implantação, mas, onde já tem a rede coletora implantada, o esgoto já está sendo coletado e tratado.
José Vilson Brassiani, é economista, e trabalha na estatal desde julho de 1985, iniciando com cargos de atendimento, almoxarife, recursos humanos, entre outros. A partir de 1995, passou exercer função de gestor, trabalhando em diversas cidades do da região do Vale de Itajaí. Ele é o atual chefe do setor comercial da Casan em Indaial.
Conte-nos um pouco sobre a sua trajetória na Casan
Vilson - Ingressei na empresa em 1985 com 20 anos de idade, na função de assistente administrativo, sendo que naquela época a Casan de Indaial tinha 3.000 ligações de água, desta forma, conseguia-se oferecer aos usuários um atendimento personalizado. Porém, os serviços eram executados de formal manual, muito diferente dos dias de hoje. Ao longo destes 33 anos de servidor da CASAN, exerci diversas atividades, passando por várias funções: atendente, setor administrativo e financeiro, gerente da regional de Indaial, superintende da região norte Vale do Itajaí.
Qual foi a sua contribuição para a região do Vale do Itajaí neste tempo que permaneceu na estatal?
Vilson - Proporcionar meios para promover os serviços oferecidos pela empresa, como, ampliação de redes de abastecimento e implantação de sistemas de água para a população dos municípios que atuamos, levando água tratada aos usuários.
Como era ter que lidar com os problemas que surgiam, sendo que muitas vezes as população se reportava a vocês por serem os nomes mais conhecidos?
Vilson - Com a experiência adquirida no passar dos anos, passamos a compreender e lidar com as mais diversas situações. Entendo que estas ocorrências fazem parte do nosso trabalho.
Houve alguma ocasião em que se viu em uma situação que achou que não iria conseguir resolver um problema?
Vilson - Sim, em 2010 houve uma situação de queima repetitiva dos equipamentos da captação de agua de Indaial, enchentes de 2008 e 2012.
Como você se sente saindo da empresa depois de tantos anos?
Vilson - Sinto me realizado, na certeza de ter feito tudo da melhor forma que pude, com os recursos e condições disponíveis em momento. Foram anos de muita aprendizado e sempre buscando atender as demandas da nossa população da melhor forma possível, sempre prezando pela excelência do trabalho. Sou apaixonado pelo saneamento e pelas questões ambientais e pretendo continuar neste setor.
Quais os novos objetivos e projetos na carreira a partir de agora?
Vilson - Vou dar um tempo a mim mesmo, e aprimorar os meus conhecimentos fazendo uma especialização.
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