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Cuidados que vão além do álcool gel

  • Divulgação -

Gerontóloga orienta famílias para ajudarem os idosos a entender melhor a situação do isolamento social e manter equilibrada sua saúde mental

TIMBÓ - Estar com a família é sempre uma alegria para todos, principalmente para as vovós e vovôs que gostam de estar perto dos netos para brincar e contar histórias. Mas estamos vivendo em um momento delicado, em que a terceira idade faz parte de um grupo de risco e é mais suscetível a adquirir o Coronavírus. Por isso, o isolamento social é a melhor forma de prevenção.

Mas muitos gostam de ser úteis e acabam não entendendo a situação, e por vezes se sentem sozinhos e podem até entrar em depressão. Para explicar sobre o assunto de como as famílias podem lidar com os idosos nesse período, a gerontóloga, Malvina Juliane Ribeiro, que também é a idealizadora do projeto "De Geração para Geração", está oferecendo atendimento gratuito para quem está com alguma dúvida.

Malvina relata para a Rádio 92. FM, que tem recebido diversas reclamações e queixas de que os idosos não estão aceitando o isolamento social e lembra que os cuidados vão além do uso do álcool gel. "O primeiro cuidado que se deve ter com um idoso, é uma conversa sincera sobre o cenário atual em que estamos vivendo para que ele possa entender esse afastamento das outras pessoas, para que ele não crie um sentimento de abandono".

Também é preciso cuidar como falar, sempre tomando cuidado e evitado tocar sobre o vírus a todo momento, comentando número de mortos e atualização de mortes. "Devemos poupar o idoso neste momento", completa.

A profissional também orienta que um ambiente equilibrado e leve é fundamental para a saúde do idoso. "Criar passatempos para o idoso, puxar conversa, dar espaços para eles contarem suas experiências de vida, lembrarem de momentos felizes. Isso proporciona um ambiente saudável para que ele aceite melhor a quarentena".

Além disso, é possível usar as redes sociais e celulares em seu favor nessa hora. Vale tudo, vídeo chamadas, ligações, mostrar fotos antigas. Tudo para aproximar o idoso dos familiares que estão mais longe e que não podem ir visitá-lo neste momento.

Outra atividade que Malvina relata, é para manter a mente do idoso ocupada, podem ser usados recortes de jornais e revistas, imagens de objetos. Depois, colocar tudo em um pote e ir tirando um por um e mostrando ao idoso, para o idoso lembrar quando viu por exemplo o primeiro fusca, quando usou a primeira vez o telefone, para ele ir lembrando e não ficar pensando tanto nisso".

A profissional ainda lembra que esse momento é também de aproximação com o idoso e pequenas coisas podem fazer a diferença e tornar essa convivência mais agradável, como por exemplo, fazer um almoço diferente, montar uma mesa de café bacana. "Isso vai fazer com que ele se sinta mais valorizado".


Depressão

É muito importante ter cuidado nesse momento para que o idoso não acabe em depressão por conta desse isolamento. Malvina lembra de outro atendimento que realizou nos últimos dias, em que a família entrou em contato com ela pois o idoso pensou até mesmo em suicídio em razão do Coronavírus." Eu liguei e fiz chamada de vídeo com ele e conversamos. Tem muitas pessoas assustando o idoso e não conversando e não explicando".

Além disso, a profissional comenta que tem sido muito eficaz seu contato com as pessoas idosas via chamada de vídeo e explica a eles que chegou a hora deles seguirem os conselhos que sempre deram aos filhos: fi ar em casa. "Claro que podem ir até o jardim, mexer com as plantas, claro com segurança, mas que tenham cuidado".

Quem está com dúvidas ou precisa de orientações, pode entrar em contato gratuitamente com Malvina via WhatsApp (47) 99260-5603 ou pelo Facebook Malvina Ribeiro ou ainda pelo Instagram @ribeiromalvina.

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