Contraponto HBR

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PMI -
Secretário de Administração e Finanças esclarece informações questionadas pelo ex-presidente da unidade hospitalar
INDAIAL - É de conhecimento da comunidade indaialense que o Hospital Beatriz Ramos (HBR) passou por alguns impasses neste ano, principalmente na mudança de sua gestão, que antes era dirigido pelo Conselho Administrativo e, após a intervenção realizada pela Prefeitura no mês de março, uma nova gestora assumiu os trabalhos da unidade hospitalar, a ex- secretária de Saúde, Adriane Ferrari.
Há alguns dias, nossa redação foi procurada pelo ex-presidente do HBR, Edson Milbratz, que munido de documentos, quis se manifestar sobre o caso e esclarecer alguns fatos e contrapor outros, pois na época da intervenção, ele preferiu não falar. O Jornal do Médio Vale entrou em contato com a assessoria da Prefeitura de Indaial, para ouvir a posição do Executivo com relação aos apontamentos feitos pelo ex-presidente.
O secretário de Administração e Finanças de Indaial, Silvio César da Silva, inicia explicando sobre a questão do repasse do valor da Uniasselvi ao HBR, realizado no ano de 2016, ocasião em que não houve nenhum consenso entre Hospital e Câmara de Vereadores sobre a destinação do recurso de R$ 3 milhões para pagamento de empréstimos, ao contrário do que Milbratz afirmou durante entrevista. "No momento da votação na Câmara, os vereadores aprovaram a isenção de ISS, tributo municipal, da Uniasselvi para o ano corrente de 2017, tendo como contrapartida o repasse de valor para o HBR. Não cabia na discussão a destinação que o HBR daria aos recursos recebidos, até porque essa atividade era inerente à gestão do Hospital e não dos vereadores", destaca o secretário.
A afirmação de Silva é o que consta na Lei Complementar nº 181, de 24 de dezembro de 2016, que trata da concessão de incentivos fiscais à Sociedade Educacional Leonardo da Vinci S/S Ltda - Uniasselvi. "Em nenhum momento a legislação cita o que será efetuado com os recursos, cabendo exclusivamente à gestão da época a decisão", completa.
Na questão dos repasses de recursos da Prefeitura ao HBR, ex-presidente questionou o porquê somente após a intervenção houve aumento de 31,5% de reajuste no contrato, que antes era de R$642 mil passou para R$846 mil. "O aumento de valores se deu pela ampliação da prestação de serviços contratados pelo município de Indaial no contrato firmado com a entidade hospitalar, e não mero reajuste contratual como citado pelo antigo gestor da entidade. Logo, se consomem-se mais serviços, paga-se mais no contrato", explica o secretário.
Referente ao aumento do déficit do HBR após a intervenção, ocasião onde houve além do aumento de valores no contrato da Prefeitura, foram injetados R$500 mil da FIMI e R$300 mil da Festa do Colono. Além disso, houveram também obras e melhorias no Hospital, como as obras da Ala SUS.
De acordo com Silva, o repasse do valor da FIMI veio para quitar dívidas com o corpo clínico, adimplidas em agosto de 2018 que até o momento da intervenção não haviam sido pagas. "Além do convênio firmado para a reforma da ala SUS, cabe citar o início do pagamento de algumas obrigações que historicamente eram negligenciadas como pagamento das faturas de consumo de energia elétrica, pagamento dos tributos patronais (FGTS e INSS), pagamento da dívida tributária, entre outros", afirmou.
Para finalizar, Silva diz que todo o material financeiro e contábil do HBR é disponibilizado no Portal da Transparência, e pode ser acessado através do https://indaial.atende.net/?pg=transparencia#!/grupo/11/item/2/tipo/2
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