Poucas pessoas estiveram na estatal durante a sexta-feira para sanar dúvidas e realizar questionamentos
INDAIAL - Na sexta-feira, dia 26, a agência de Indaial da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), abriu as portas de sua estação de tratamento para sanar dúvidas da população acerca do tratamento de água realizado no local. A população, no entanto, compareceu em pouco número. Até às 15h, apenas dois vereadores acompanhados dos assessores, funcionários de uma indústria alimentícia indaialense e um pai acompanhando do filho haviam visitado a unidade.
A iniciativa surgiu após surgirem diversos questionamentos acerca da qualidade da água distribuída pela estatal na cidade. O bioquímico Thiago Meurer Cunha explicou todos os processos pelos quais a água passa desde a captação no Rio Itajaí-Açu até chegar às casas.
Tanto o bioquímico quanto o chefe da Seopa da Casan, Valdeci Ferreira, foram taxativos ao negar que a água fornecida pela Companhia possa ter causado doenças à população. "Por uma diretriz exigida pelos órgãos de saúde, nós adicionamos cloro suficiente na água para que, caso ocorra algum problema no caminho, a água seja desinfetada novamente. Nossa principal preocupação é com a Saúde da população", afirma Cunha.
Ainda de acordo com a explanação, todos as análises feitas, seja dentro da própria estação de tratamento ou nos pontos de coleta espalhados pela rede, não detectaram nenhum microrganismo que pudesse causar danos à saúde. "Lógico que não gostaríamos de causar nenhum tipo de dano à roupas ou equipamentos, mas o que podemos afirmar é que, se acaso alguém veio a consumir a água, mesmo estando turva, não é possível que tenha causado doença".
Sobre a afirmação de que a Casan estaria trabalhando com número insuficiente de funcionários em Indaial, e com equipamentos sucateados, Ferreira disse ser infundada. "Temos sim uma frota renovada e número suficiente de pessoas. Além disso, se precisarmos de técnicos ou engenheiros, temos à disposição".
Representantes
Os vereadores integrantes da Comissão Especial criada para tratar do assunto também estiveram no local para tirar dúvidas. Flávio Molinari (PSDB) e Ana Paula Reiter (PMDB) fizeram parte do primeiro grupo a visitar o local ainda na manhã de sexta-feira. Já na segunda-feira, dia 29, os dois, acompanhados do terceiro integrante da comissão, Diego Pandini, o Diabo Loiro (PP), estiveram em uma reunião com prefeito André Moser (PSDB) para tratar da questão. Nos dias 6 e 7 de fevereiro, eles farão visitas a outras cidades que possuem diferentes formatos de gestão da água.
Esgoto
Para o presidente da Câmara de Vereadores de Indaial, Osvaldo Metzner, o Santo Antônio (PMDB), é importante considerar que a Casan não cuida apenas da gestão da água na cidade, mas também do esgotamento sanitário. Segundo ele, Indaial é uma das cidades que possui maior avanço nesta questão, já que praticamente nenhum município do Médio Vale iniciou a implantação do sistema de tratamento de esgoto. "Municipalizar a água é o filé, quero dizer, seria fácil. Mas é preciso considerar também o tratamento de esgoto, que custa caro e é extremamente necessário". Santo Antônio destaca que desde 2004, quando o contrato de gestão compartilhada foi assinado em Indaial, a Casan vem priorizando a implantação da rede de coleta e tratamento sanitário, porém, há investimentos previstos para melhorar a questão da distribuição da água, como novos reservatórios e busters. O vereador destaca ainda a ordem de serviço assinada na quinta-feira, dia 29, para iniciar a implantação da rede para tratamento de esgoto no bairro Tapajós, com investimento previsto de R$ 19 milhões. "Não estou defendendo que a Casan preste um serviço ruim, se ela não cumprir o contrato, precisa responder por isso. Estou apenas defendendo que todos os lados da questão sejam ponderados para que se encontre a melhor solução para a população.
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