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Arte em vidro

"Uma das definições de arte apresentadas pelo dicionário Michaelis descreve-a como sendo a "atividade que supõe a criação de obras de caráter estético, centradas na produção de um ideal de beleza e harmonia ou na expressão da subjetividade humana". Em outras palavras, é um ofício que envolve criatividade e, com isso, precisa de substratos que traduzam essa capacidade da mente do artista para o plano físico". Com essas palavras o escultor indaialense, Jorg Niesche, de 56 anos, pai de Natalie e Nicole e esposo de Vera fala sobre o seu trabalho que tem como matéria-prima o vidro.

Em entrevista o escultor observa que o vidro mostra-se um material bastante valioso. "São muitas as qualidades que ele pode oferecer para um projeto, da transparência e resistência física à grande versatilidade de cores, texturas e espessuras que pode ter. A variedade de tipos de vidro disponíveis no mercado abre espaço para inúmeras formas de manifestação artística. A arte com vidro é uma arte de persistência e de dedicação na qual se tem o domínio completo das operações", avalia o profissional ao destacar que: "entendo como arte toda forma de expressar, dialogar, comunicar, por linguagem não convencional"

Segundo Niesche trabalhar com vidros artísticos é um constante aprendizado de tentativa e erro. Há sempre algo a mais para descobrir", relata o escultor ao contar que tudo se tornou tangível com o contato direto com todo o universo do vidro e cristal quando iniciou como aprendiz de lapidação na Fábrica de Cristais Hering em 1986. "Passei por outras duas cristalerias (Cristaleria Strauss e Cristais Di Trevi) e por volta de 2.000 iniciamos o próprio atelier".

O artista comenta ainda que sua inclinação pelo artístico veio do berço e com o tempo passou a buscar de forma mais intensa as pesquisas no vidro plano. Sobre o material perfeito para idealizar nas esculturas os temas preferidos são: luz, água, solidez, transparência, vertigem e leveza.

Em seu curriculum Niesche tem um total de 19 participações em exposições em diversas cidades do estado, com obras espalhadas pelo Brasil e exterior. "Paralelo ao namoro com a arte moderna e contemporânea havia também a afeição pelos vitros e espelhos decorados, já que a pesquisa sobre técnicas antigas e o desenvolvimento de novas técnicas também era uma paixão", explica o escultor ao frisar que o resultado é gratificante.

O profissional destaca que sempre na busca de criar modelos novos, surgiram belos espelhos e revestimentos para mobiliário em espelhos, do clássico ao contemporâneo. "Modelos cuja manufatura vão de três a quarenta e cinco dias de trabalho".

Niesche também trabalha com vitrôs para portas e aberturas de móveis que contemplam técnicas como lapidação artística, jateamento, entre outras. "Minha inclinação é pelo design contemporâneo nos espelhos. Mas também me pedem o clássico. Em meu trabalho o que muito me gratifica é conseguir produzir o que não se encontra no mercado, como por exemplo: fazer trabalhos exclusivos com espelhos".


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