Confira as dicas para conseguir uma colocação no mercado de trabalho
INDAIAL - O mercado de trabalho nunca dorme, embora possa ter desacelerado em 2017, o aparecimento de novas vagas nunca cessou. No entanto, chama atenção um quesito que torna difícil a vida de quem não possuiu alguma experiência profissional ou formação acadêmica.
Na última semana, o Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Indaial, anunciou a oferta de 17 vagas nas mais variadas áreas, no entanto, todas elas exigem experiência. De acordo com o coordenador de Desenvolvimento Econômico de Indaial, Matusalém Barcelos Machado, esta é uma exigência bastante comum. Não que oportunidades para quem não possui experiência não apareçam, mas são preenchidas rapidamente.
Treinamento
A coordenadora e docente do curso de Sistemas de Informação da Uniasselvi de Indaial, Simone Cristina Aléssio, que possui MBA em Gestão de Pessoas e mestrado em Gestão Moderna de Negócios, explica que as empresas sempre terão a necessidade de treinar seus colaboradores. Seja por conta do período necessário para adaptação após a graduação, para se adaptar a uma nova tecnologia, para assimilar processos ou para adaptar-se à cultura organizacional do ambiente de trabalho. "Desde antes da contratação (entrevistas, testes) - tudo o que foi alocado no processo é um investimento feito pela organização. Talvez esta seja a justificativa aos indivíduos sem experiência ou sem formação profissional".
Sem experiência, o que fazer?
Simone ressalta ser importante que o graduando sem experiência tenha em mente que quanto antes entrar no mercado de trabalho, melhor. "Qualquer experiência já é um atributo importante na análise do currículo". Caso não tenha formação, a saída é uma só: contatos. "Com colegas, com familiares, com professores. Qualquer esforço é válido no sentido de divulgar o currículo. Não ter experiência é diferente de não ter talento. Temos muitos talentos escondidos em várias áreas, esperando uma oportunidade. O problema é que as vezes a pessoa fica esperando demais. Tem que correr atrás. Tentar todas as possibilidades e todos os canais pra se colocar em evidência".
Profissionalização
"São inúmeras as possibilidades para aqueles que buscam formação acadêmica como bolsas de estudo e financiamentos de instituições de ensino", ressalta. Há opções como o Prouni, o Fies e, no caso da Uniasselvi, um parcelamento próprio denominado UFA, que permite a quitação de 50% do valor do curso após a formação. Além disso, o candidato deve ficar atento aos cursos de extensão de curta duração oferecidos pelas instituições de ensino e cujas vagas são abertas à comunidade de forma geral. Outro ponto importante é que muitas empresas de segmentos distintos também oferecem capacitação com emissão de certificados de participação e aproveitam estas capacitações para reforçar o banco de talentos. "As pessoas devem estar atentas a este tipo de oferta. Para isso, elas precisam sempre consultar os sites das empresas e das instituições de ensino. Temos muita coisa sendo ofertada sem custo para os participantes e que só vem para somar no currículo. Cursos de formação específica concluídos no formato on-line (com emissão de certificados) oferecidos por instituições renomadas também são avaliados de forma muito positiva pelos contratantes".
Perfil
Para quem já está inserido no mercado de trabalho, também é vital procurar por atualização, tanto na sua área quanto nas que a cercam. "Certamente a crise do ano de 2017 refletiu nas vagas de trabalho. Porém, não de forma tão drástica em nossa região e Estado, onde o número de contratações foi positivo e as demissões foram em setores e situações bem pontuais", pontua Simone. Com relação ao perfil profissional pretendido pelos contratantes, ela crê que houve mudanças. "Um perfil flexível e mais visionário. Pra ser flexível e visionário precisa justamente de uma formação mais heterogênica, para garantir uma maior nível de empregabilidade".
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