Na avaliação do governo, fatores como gestão pública responsável e a atuação eficiente dos empresários e trabalhadores contribuíram para manter os índices positivos
FLORIANÓPOLIS - Santa Catarina mais uma vez foi destaque nacional na geração de empregos. O Estado registrou em setembro o total de 8.011 novas vagas de trabalho com carteira assinada. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na segunda quinzena de outubro. Com o resultado, Santa Catarina ocupa a segunda colocação entre os estados na criação de emprego. No Brasil, o saldo foi de 34.392 novas vagas.
O saldo resultou da diferença entre 73.771 admissões contra 65.760 desligamentos. Dentre os setores de atividade econômica, destacaram-se a indústria de transformação, com 2.696 novos postos de trabalho; serviços, com 2.501 novas vagas; e comércio, com abertura de 2.072 novas oportunidades. Apenas administração pública apresentou saldo negativo, fechando 79 vagas.
Somando o resultado do mês de setembro, no acumulado de 2017 foram gerados 35.452 novos postos de trabalho em Santa Catarina. Isso significa uma variação de 1,91% sobre o estoque de empregos nesse período. Conforme a verificação feita desde 2002, apenas em 2015 o mês de setembro apresentou variação negativa.
Emprego nos municípios
Entre os municípios com maior população de Santa Catarina (mais de 30 mil habitantes), destaque para os desempenhos de São José (saldo de 660 novos postos), Blumenau (522) e Chapecó (462). Ainda no mesmo grupo, dos maiores municípios, Tubarão foi que apresentou o pior saldo no Estado (-248).
Avaliação do governo
Segundo o diretor de Trabalho e Emprego do governo do Estado, Tiago José de Chaves, dois fatores são relevantes para entender o contexto econômico catarinense relacionado à geração de empregos. O primeiro deles está ligado à gestão pública responsável e de qualidade. Aliado a isso estão os empresários e trabalhadores, que contribuem para manter o ritmo de desenvolvimento. Chaves também cita os inúmeros incentivos fiscais oferecidos pelo governo, a abertura de mercados externos e a produção de mercadorias com alto valor agregado.
O outro fator apontado pelo diretor é a atuação do Sistema Nacional de Emprego (Sine). Para Chaves, o órgão desenvolve um trabalho fundamental na intermediação de mão de obra entre as empresas e o trabalhador.
Ações futuras
Uma novidade anunciada pelo diretor de Trabalho e Emprego, é a articulação do governo do Estado para implantar o Programa Qualifica Brasil. O projeto tem como objetivo proporcionar formação técnica de qualidade em diversas áreas, especialmente às comunidades de baixa renda, em parcerias firmadas entre o governo e grandes empresas. O resultado esperado é a inserção mais rápida desses alunos no mercado de trabalho. Segundo Chaves, o pedido de convênio já foi protocolado e está sendo aguardada a análise por parte do Ministério do Trabalho. A expectativa é de que o projeto esteja funcionando a partir de 2018.
Outra ação de apoio ao trabalhador estará disponível já em novembro. Os atendentes das unidades do Sine passarão por treinamento e estarão capacitados para orientar quanto à elaboração de currículos e sobre a postura mais adequada durante entrevistas de emprego. Qualquer pessoa interessada terá acesso ao serviço, basta se dirigir a uma unidade do Sine, sem necessidade de agendamento. Porém, por enquanto o serviço estará disponível apenas na região da Grande Florianópolis. Posteriormente o projeto será estendido às demais regiões.
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