Feira Livre Municipal de Indaial oportuniza a comercialização de produtos carregados de tradição e qualidade

INDAIAL - Morador do bairro Warnow, Germano Jandt é um dos que não perdem a oportunidade de adquirir os produtos da Feira Livre Municipal de Indaial. Sempre que vai ao Centro da cidade nos dias de feirinha, aproveita para voltar para casa com algo delicioso na sacola. Conta que os produtos comprados lá são fresquinhos.

Foi na banca de Valério e Ivone Michalack que ele parou para adquirir alguns potes de melado, com os quais foi embora sorrindo. Ivone explica que a família possui um engenho de cana, de onde tira a matéria-prima para grande parte dos artigos disponíveis no stand. Além do melado, o cliente pode optar pelas geleias, doces de fruta, conservas, defumados e pelo açúcar mascavo. O casal, que atualmente conta com o reforço das filhas Letícia e Lissandra, faz parte do grupo de cinco produtores que iniciaram a feirinha e se mantém firme até hoje.

Adalberto Lorenz também é um dos que defenderam a ideia desde o início. E mais, nos últimos 20 anos é ele o coordenador do local. "Fazíamos os cursos pela Prefeitura de Indaial, mas, no momento de comercializar nossos produtos tínhamos que ir para outras cidades. Então, levamos ao secretário de Agricultura a ideia de implantarmos um feira livre na cidade e, após algum tempo, ela se tornou real". Explica.

Nascida em 20 de março de 1995, a feira já esteve em diversos locais até se instalar definitivamente na Avenida Getúlio Vargas, 355, no Centro da cidade. Em um local que pertence à Prefeitura de Indaial.

Diferencial

Lorenz e a esposa Eledenir são os responsáveis pelo Sítio da Ledy, que produz alimentos agroecológicos. Eles comercializam pães, queijos, kochkaese, defumados, bolacha, geleia e verduras na linha de orgânicos em conversão. É justamente esta variedade, não apenas disponível na própria banca, mas em toda feirinha, que Lorenz aponta como o grande atrativo da feirinha. Nos diversos estandes montados no local, são comercializados frutas e verduras selecionadas, cucas caseiras, o tradicional kochkaese, torresmo e linguiças, pães caseiros, doces artesanais, pastéis feitos na hora, artesanato local e muito mais.

Além disso, o foco principal é no produtor indaialense, por isso quase a totalidade dos produtos é vendida por meio de um canal direto entre o produto e o consumidor. "São manuseados pelos próprios proprietários e trazem consigo a tradição das cozinhas alemã, italiana e polonesa. Temos essa essência que nunca será encontrada em um supermercado", ressalta Lorenz. A feira ocorre todas as terças e sextas, nas terças-feiras o horário de funcionamento é entre 14h e 17h30min e conta com cinco produtores expositores, já nas sextas inicia às 11h e segue até 19h30min, com 12 produtores.

Oportunidade

Priscila Schoroeder tornou-se parte do grupo de feirantes há cinco anos. Ela comercializa doces, cucas, pães, bolos e orelha de gato caseiros. Através da feirinha, conseguiu fidelizar muitos clientes que, por tomarem conhecimento do trabalho dela no local, passaram também a fazer diversas encomendas, inclusive para festas em geral. Assim como Priscila, muitos dos expositores encontraram na feirinha uma maneira de garantir ou implementar a renda. Além disso, tornou-se também um benefício indireto para diversas pessoas. Francisco João de Andrade foi um dos que ajudou a fundar a feirinha, portanto atua nela desde o início. Possui produção de hortaliças, mas vende também muitas frutas adquiridas de outros pequenos produtores ou, em menor escala, de intermediários. "É a oportunidade de fazer com que muitas pessoas garantam o sustento, pois nem sempre o pequeno produtor tem onde comercializar seu produto".

Melhorias

Com mais de duas décadas de história, a feira ainda possui pontos a melhorar, segundo o que consideram os próprios expositores. "Precisamos de uma divulgação maior, além de melhorias no acesso - que já está em negociação - adaptações para poder utilizar o deck, implantação de uma manta térmica e fechamento lateral para proteger dos ventos. Há também muito o que celebrar, já que o público, sobretudo das sextas, já é um assíduo frequentador da atração. Se algum produtor desejar expor no local, deve conversar com o coordenador Adalberto Lorenz.