Samu de Ascurra está sem ambulância

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Divulgação - Porta de ambulância quebra durante atendimento
Veículo está em manutenção após, novamente, quebrar durante atendimento
ASCURRA - Sexta-feira, dia 2 de fevereiro, um grave acidente registrado no quilômetro 92 da BR 470 deixa uma pessoa gravemente ferida. Em consequência, o Samu é chamado para prestar atendimento e conduzir o paciente, no entanto, a porta da ambulância simplesmente quebra. A vítima é atendida pelas equipes dos Bombeiros Voluntários da União e do Arcanjo 03, a situação, no entanto, leva um dos socorristas, Ariel Silva, à indignação. Ele então grava um vídeo e posta nas redes sociais, expondo o grave problema enfrentado pela equipe. Nossa redação conversou com Ariel, que confirmou as dificuldades enfrentadas pelos servidores do Samu.
Agora, praticamente uma semana mais tarde, o Samu de Ascurra está sem ambulância, o carro está na oficina, aguardando peças que possibilitem a manutenção. A expectativa é de que uma medida paliativa possa colocar a unidade em uso novamente na sexta-feira, dia 7.
As informações foram confirmadas pelo secretário de Saúde de Ascurra, Enilson de Freitas. Ele explica que na terça-feira, dia 6, havia uma audiência marcada com o secretário de Estado da Saúde, Acélio Casagrande, porém a reunião foi desmarcada em cima da hora. A previsão é de que um encontro aconteça no dia 16 de fevereiro.
Situação que se arrasta
Os problemas com a unidade de atendimento do Samu de Ascurra não são novidade. O veículo já quebrou outras vezes, inclusive em locais de difícil acesso e sem sinal de celular. Diversos ofícios foram encaminhados à Secretaria de Estado da Saúde e também ao Ministério da Saúde.
Freitas explica ter apurado o registro de uma pendência junto ao Ministério da Saúde, porém todas as portarias foram apresentadas e o Ministério reconheceu tratar-se de um equívoco. No entanto, não soube explicar se este equívoco custou ao município a exclusão do mapa de renovação da frota do Samu. "Não estamos conseguindo entender estes critérios, porque Ascurra, que atende a três municípios e documentou devidamente os problemas enfrentados com a unidade, não recebeu um novo veículo, enquanto cidades que possuíam ambulâncias em bom estado foram agraciadas", questiona o secretário.
Ele diz ainda que a região atendida pelo Samu de Ascurra possui um característica peculiar, são mais de 1,1 mil quilômetros de estrada de chão e morros. Por este motivo, crê que a vida útil da ambulância utilizada atualmente já está além de seu prazo.
Estrutura
Ascurra possui quatro servidores do Samu, mesmo sem a ambulância, todos estão cumprindo expediente. Freitas explica que a manutenção que é atribuição do município está sendo feita, mas não há condições de arcar com a compra de um novo veículo. Segundo ele, o Estado envia R$ 13.125,00 para custear o Samu, no entanto, muito em função das despesas de oficina mecânica, há meses em que o custo ultrapassa os R$ 40 mil. "Nós queremos prestar um serviço de qualidade. Mas se cada ente não assumir sua parte, a penalizada será a população".
No dia 19 de fevereiro, os prefeitos de Ascurra, Lairton Possamai (PMDB), e Apiúna, José Gerson Gonçalves (PR), estarão em Brasília e tentarão uma audiência com o ministro da Saúde para tratar do tema.
Por meio de uma nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que está renovando a frota do Samu e que Ascurra deve ganhar uma ambulância, porém não há uma data para que isso aconteça.
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