Jeremias é condenado a 15 anos de reclusão por assassinato

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Ismael Ewald Limberger/Testo Notícias -
POMERODE - Um ano e meio depois de serem indiciados, Jeremias e Jose Ady respondem pela morte de Danys Clay Bugmann
Na quarta-feira, 13 de setembro, aconteceu o julgamento de Jeremias Conrado Wolter e Jose Ady Maria Frotscher Barão, acusados de homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver, no caso da morte de Danys Clay Bugmann.
A suspeita é de que a morte teria ocorrido próximo ao dia 26 de março de 2016, cerca de uma semana antes de o corpo ser encontrado, no dia 31 de março do mesmo ano. Ambos são réus confessos, e Jose Ady é ré primária.
Após o envio do inquérito, em abril de 2016, o processo seguiu e, nesta quarta-feira, os suspeitos foram encaminhados para júri popular. Para que fossem absolvidos, necessitavam de quatro julgadores a favor de sua absolvição.
Na parte da manhã, os depoimentos dos réus foram ouvidos e, à tarde, acusação e defesa explanaram seus pontos de vista. A acusação usou as diferentes versões de depoimentos dos suspeitos como sustentação principal. Segundo a acusação, o martelo, citado por Jeremias como arma, não foi encontrado.
Para comprovar a participação de Jose no crime, a Procuradoria se utilizou do fato de a ré ter ido até uma unidade de saúde e confessado lá a sua participação. No entanto, em seus depoimentos, a ré negou o fato. Assim, os julgadores decidiram que Jose não participou efetivamente do crime, mas foi condenada pela ocultação do cadáver. Desta feita, entendeu-se que a pena a ser cumprida deveria ser a mínima afixada por lei, de um ano e dez dias/multa. Entretanto, aplicando todas as reduções, a pena aplicada foi de sete meses e seis dias, passivos de liberdade e cumprimento em forma de serviços à comunidade. Porém, a ré já havia cumprido cerca de um ano de reclusão, o que acabou por excluir a pena aplicada. "Não negamos a morte, o homicídio. Todavia, mostramos ao júri a inocência da Jose no crime e, com certeza, ficamos muito satisfeitos com a receptividade que obtivemos", declarou Antonio Menegazzo Varela Borges, que atuou na defesa da ré.
Nesse ínterim, os julgadores acharam por bem não inocentar Jeremias de nenhuma das acusações. Ou seja, o réu confesso foi condenado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, o que resultou em 15 anos de reclusão mais o pagamento de dez dias/multa. "A defesa nunca sai completamente satisfeita quando o cliente é condenado. Mas como o réu havia confessado o crime, didaticamente fica complicado apontar o que deveria levar o júri a inocentá-lo ou diminuir a pena", afirma Jaime Cesar Butzke, que atuou como defesa de Jeremias. A decisão de recorrer, para ambos os lados, pode ser tomada em até cinco dias.
Para o juiz Bernardo Augusto Ern, toda decisão vinda do júri está correta. "Essas são pessoas idôneas que representam a sociedade, e decisão tomada por eles representa Pomerode", afirma Ern.
Relembre o caso
Jeremias Conrado Wolter, na época com 19 anos, confessou, à Polícia Civil, ser o autor do assassinato de Danys Clay Bugmann, de 42 anos. De acordo com as informações, Danys havia cedido o imóvel para Jeremias e a companheira, Jose Ady Maria Frotscher Barão.
Segundo o depoimento de Jeremias, ele teria flagrado uma tentativa de abuso de Danys contra a sua companheira. E, tomado por raiva, Jeremias acabou o assassinando, com golpes de jiu-jitsu, marteladas, tijoladas e facadas. Em seguida, Jeremias colocou fogo e ocultou o corpo da vítima, em uma vala, no terreno da casa localizada em Testo Central.
O cadáver foi encontrado, já em estado de decomposição, no início da tarde de 31 de março de 2016, após Jeremias ter confessado o crime à polícia. A Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros Voluntários de Pomerode, o Instituto Geral de Perícias (IGP) e Instituto Médico Legal (IML) participaram da ação. Jeremias foi indiciado pelo crime de homicídio doloso e ocultação de cadáver. Já a companheira foi indiciada pelo crime de ocultação de cadáver.
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