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Turismo

O paraíso das cachoeiras

  • Willian Klaumann - A queda dividida em três fios d?água conferirem à Cachoeira dos 3 Dedos um visual único

Com pelo menos 20 quedas d'água registradas, Apiúna revela oásis de belezas a ser aproveitado

APIÚNA - Nos seus 493 quilômetros quadrados de extensão, Apiúna possui alguns dos mais belos recantos naturais encontrados na região do Médio Vale. Já são 20 cachoeiras catalogadas em um recente mapeamento feito pela Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo de Indaial (Sicomtur).

A grande maioria delas foi redescoberta durante o trabalho realizado pela equipe. "O que faltavam eram registros fotográficos. Acreditamos que todas as que visitamos foram descobertas em algum momento, porém esquecidas com o passar do tempo e alguns moradores locais já não tinham mais conhecimento sobre elas. Encontramos cachoeiras inesperadas nos perdendo no caminho ou até mesmo por curiosidade, seguindo os córregos. Em casos específicos, não havendo mais informações em nossas buscas, tomamos e liberdade de nomeá-las", diz o secretário da Sicomtur Adilson Fortunato.

Cachoeira do arquiteto 

Um destes exemplos é a Cachoeira do Arquiteto. "Quando a redescobrimos ficamos tão encantados que a batizamos por desta maneira por parecer ter sido feita sob medida por um arquiteto". Ela fica em uma região onde se dividem as comunidades de São Jorge I, Fazenda e Tigre. Após o término do poço da cachoeira, há uma segunda queda, onde se encontra a Cachoeira do Tigre. Fortunato aceitou o difícil desafio proposto pela nossa redação de indicar as três mais belas cachoeiras de Apiúna. "É algo muito difícil, visto que temos várias", confessa. A Cachoeira do Arquiteto ficou com um brilhante terceiro lugar.

Cachoeira do Baú 

Na segunda colocação ele cita a Cachoeira do Baú, situada na localidade de mesmo nome, próximo ao bairro São Jorge I. "Esta cachoeira já foi destaque nacional no Globo Repórter, em uma matéria sobre as belezas do Vale Europeu", conta. A bela queda d'água possui 35 metros de altura.

Cachoeira dos 3 Dedos

E a campeão é a Cachoeira dos 3 Dedos, que fica na localidade de São Jorge I. Olhando para ela é fácil entender o nome, já que a queda de 45 metros está dividida em três fios d'água. Além disso, possui um paredão de pedras vistoso que confere ao local uma beleza inigualável. "A quantidade de cachoeiras nesta comunidade é grande, por este motivo estamos explorando o potencial turístico daquela região". Este é o nosso simbólico pódio das cachoeiras de Apiúna, mas é claro que vale muito a pena conhecer todas elas.

Visitação

As cachoeiras citadas na matéria e catalogadas pela Sicomtur podem ser visitadas, porém, em alguns casos é necessário pedir gentilmente permissão para o acesso ao morador local, pois algumas ficam em terreno particular. "O banho é permitido, porém em algumas não é possível fazê-lo por possuir muitas pedras lisas, o que significa um grande risco. No momento não estão sendo cobradas taxas, mas em um dado momento o morador tem o direito de cobrar, já que o montante pode ser utilizado para manutenção do local ou infraestrutura", explica o secretário.

Para exemplificar, ele fala da Cachoeira das Andorinhas, uma das mais conhecidas da cidade. "No verão passado houve uma procura muito grande pelo local, aumentando alguns problemas como o acúmulo de lixo deixado pelos visitantes, além da entrada proibida de motocicletas e pessoas desacatando os moradores. Agora, na casa do morador, onde fica o início da trilha, foi disponibilizado um amplo estacionamento e está sendo estudado um espaço para lazer, para que este tipo de atividade não se concentre em frente à cachoeira".

Grau de dificuldade

A maioria das cachoeiras de Apiúna pode ser visitada sem auxílio de um guia, mas quase todas possuem acesso por meio de trilhas. A Sicomtur está realizando a classificação dos níveis de dificuldade destes acessos. "A cachoeira do Arquiteto, por exemplo, tem o acesso pela estrada geral, pegando uma trilha que não dura nem três minutos, porém, é necessário fazer uma descida usando vários pontos de apoio, o que já a classificaria como dificuldade média".

Uma das cachoeiras que possuem o nível máximo em dificuldade de acesso é a Cachoeira do Burrichó, a maior do município com 80 metros de queda d'água. Para curtir esta beleza é preciso adentrar o rio, já que não há trilha, enfrentando pedras e subidas íngremes por mais de uma hora. Uma das cachoeiras de fácil acesso é a das Andorinhas, com trilha aberta, com 10 minutos de duração e sem necessidade de muitos pontos de apoio. "Não recomendamos que as pessoas façam as trilhas de maior dificuldade sozinhas, visto que é necessário, em alguns pontos, a ajuda de uma segunda pessoa. Além do mais, imprevistos podem acontecer e qualquer tipo de resgate mata adentro pode levar horas", alerta o secretário.

Guias e sinalização

Ainda segundo Fortunato, o município ainda está em desenvolvimento no campo turístico, por isso enfrenta alguns problemas, como a falta de guias capacitados. Nestes casos, a Sicomtur indica aos turistas quais as empresas que façam este tipo de trabalho. Outra melhoria que está em andamento é a confecção da sinalização nos locais de acesso das cachoeiras. "Estamos providenciando os primeiros modelos de placas indicativas dentro das normais, além de definir as rotas ideais e dar continuidade no mapeamento. Quando os turistas nos procuram, fornecemos indicações de localização, damos algumas dicas e também fornecemos um arquivo em PDF do mapa para chegar em algumas delas".

O mapeamento das belezas naturais do município ainda irá continuar, a expectativa é de que o trabalho esteja apenas no início.


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