Acidi e CDL falam sobre as consequências da paralisação para a economia indaialense
INDAIAL - Foram dez dias de interrupção no faturamento das empresas e drástica diminuição nas vendas do comércio. Para entender melhor esse impacto, conversamos com os presidentes da Associação Empresarial de Indaial (Acidi), Harrybert Howe Junior, e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Fernanda Campos do Rosário. "Não houve um único segmento que tenha sido poupado, isso não só em Indaial como também em todo o Brasil", diz Junior.
A Acidi diz que muitas empresas tiveram suas produções e faturamento completamente interrompidos, precisando recorrer a medidas paliativas, como a substituição de horários, troca de feriados e banco de horas. "Os prejuízos realmente foram enormes. Para algumas empresas será necessário todo o restante do ano para uma recuperação, outras talvez não consigam um retomada até o fim de 2018", lamenta.
Para o comércio as perdas não foram menores, a CDL fez um levantamento com os associados e não identificou casos em que o comércio precisou ser fechado. No entanto, os lojistas não conseguiram escapar das estratégias para lidar com a queda brusca no movimento. "Orientamos para que um plano de ação para atender os consumidores fosse criado, com alternativas de vendas e a organização das equipes de trabalho para que todos pudessem ir e vir. Muitos lojistas optaram por dar férias para alguns funcionários e também realizar rodízios nos dias de trabalho", conta Fernanda.
Ainda segundo ela, é difícil mensurar o tempo de recuperação, pois com o Dia dos Namorados se aproximando, além do Sábado Especial que acontece no dia 9, quando o comércio atenderá em horário diferenciado, há uma expectativa positiva. "O clima também está colaborando, o frio veio, então todos esses fatores acabam animando os lojista para o aumento nas vendas e, desta forma, iniciar a recuperação", estima.
A greve
Acidi e CDL não se posicionaram a favor da greve. De acordo com Junior, apesar de entender que a paralisação era justa, a entidade tinha o receio de que as perdas seriam enormes. Na segunda-feira após a primeira semana de paralisação, a Acidi enviou um ofício à Prefeitura solicitando o reestabelecimento da normalidade. O documento afirma que a diferença entre o remédio e o veneno é a dose, considerando que àquele ponto já havia passado o momento da desmobilização. "O movimento foi feito de uma forma maciça, organizada e justa, mas teve uma única falha: deixou passar a hora da desmobilização, que deveria ter ocorrido na noite do domingo da primeira semana ou, mais tardar, na segunda-feira", opina Junior.
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