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Como o aumento dos combustíveis afeta a vida dos brasileiros

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A Petrobras aumentou R$ 0,41 o preço da gasolina para as distribuidoras na data de 16 de agosto, elevando o valor do litro para R$ 2,93, ou 16,3% a mais do que os R$ 2,52 anteriores. E, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre 13 e 19 de agosto, o preço médio do litro do combustível no Brasil foi de R$ 5,65, portanto, R$ 0,12, ou 2,2% a mais do que na semana dos dias 6 e 12 de agosto, com média de R$ 5,53

Na comparação com a primeira semana de agosto o aumento foi um pouco maior, de R$ 0,13, ou 2,3% em relação aos R$ 5,52. E a tendência é de que o preço da gasolina dispare ainda mais nesta semana porque o aumento começou no dia 16, mas o consumidor demora alguns dias para sentir o efeito nos postos.
“Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,14 a cada litro vendido na bomba”, diz o comunicado da empresa.

Em entrevista o timboense, contador e perito contador (CRCSC 034331), Cesar Danilo Spezzia, explica como o aumento dos combustíveis afeta diretamente a vida de todos os brasileiros, uma vez que o preço do combustível é fator importante no custo de vida de toda a população mundial.
Segundo o profissional “com o aumento dos preços dos combustíveis, os gastos com transporte, seja para ir ao trabalho, levar os filhos à escola ou realizar atividades do dia a dia, se tornam cada vez mais elevados e tendo que dispender mais dinheiro para atividades simples do dia a dia”.

  

Spezzia destaca que “o transporte público pode sofrer reajustes nas tarifas, tornando-o menos acessível para muitos cidadãos, principalmente para os mais pobres. Isso pode resultar em dificuldades de locomoção e até mesmo no comprometimento da qualidade de vida das pessoas que dependem desse meio de transporte”.

De acordo com o contador, outro aspecto importante é o impacto na economia do país. “O aumento dos combustíveis afeta diretamente os setores produtivos que dependem do transporte de mercadorias. Com o aumento dos custos de transporte, as empresas são obrigadas a repassar esses custos extras para os consumidores, o que pode resultar em um aumento nos preços dos produtos e serviços. Esse aumento de preços vai impactar negativamente o poder de compra da população, em especial as mais pobres e desacelerar o crescimento econômico do país”.

Spezzia ressalta que “desde a década de 70, o Brasil é um país que depende largamente dos combustíveis fósseis para mover sua economia. O aumento no preço desses combustíveis gera um impacto direto nas finanças dos brasileiros, principalmente daqueles que possuem veículos próprios. O aumento do valor da gasolina, por exemplo, resulta em um maior gasto mensal com abastecimento, comprometendo o orçamento familiar. Esse cenário obriga muitas pessoas a repensarem seus deslocamentos diários, buscando alternativas mais econômicas, como a bicicleta que é muitíssimo usada nos municípios da nossa região”.

O profissional observa ainda que “o aumento dos combustíveis afeta também o setor produtivo do país. O Brasil tem tamanho continental o que dificulta o transporte de cargas, sendo os combustíveis fósseis essenciais para o setor de transportes visto que praticamente tudo no Brasil é movido por caminhões o que o torna essencial para o abastecimento de mercadorias nas diversas regiões do Brasil e, com o aumento do preço do diesel, os custos logísticos aumentam significativamente. Essa elevação nos preços acaba sendo repassada para os consumidores, resultando em um encarecimento dos produtos e serviços disponíveis no mercado. Dessa forma, o aumento dos combustíveis prejudica não apenas os indivíduos, mas também a economia como um todo”.

Além disso, comenta o profissional “o aumento dos combustíveis também impacta as atividades do setor agrícola. O transporte de insumos, como fertilizantes e maquinário, assim como o escoamento da produção, torna-se mais caros. Visto que o Brasil é o grande produtor mundial de grãos, escoando produção das mais diversas localidades do Brasil para os mais diversos portos do país. Isso gera um efeito cascata nos preços dos alimentos, afetando a vida de todos os brasileiros, principalmente aqueles de baixa renda, que dedicam uma parcela maior de sua renda para a compra de alimentos”.

Outro aspecto importante é a desigualdade social que se agrava com o aumento dos combustíveis. “Aqueles que possuem menor poder aquisitivo são os mais prejudicados, uma vez que despenderão uma proporção maior de sua renda para despesas com transporte e compra de alimentos. Isso aumenta a exclusão social e dificulta o acesso a serviços essenciais, como saúde, educação e oportunidades de trabalho.

Por fim, uma possível solução para o aumento dos preços dos combustíveis parte para a privatização da Petrobras e abertura do mercado para grandes players como Exxon, Chevron para poderem explorar petróleo, refinar e comercializar produtos como gasolina, diesel e derivados de petróleo como ureia, plásticos. Quando é gerado concorrência entre empresas os preços tendem a cair por que existem mais empresas ofertando e competindo entre si”.

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