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Exemplo

Após a aposentadoria, o trabalho dos sonhos

  • Janaina Possamai -

Iracilda Landmann deixou o descanso de lado para fazer o que mais gosta e encontrar o sucesso

INDAIAL - O que você planeja fazer quando chegar à aposentadoria? Iracilda Maria Landmann, de 62 anos, projetava participar do grupo da melhor idade, do Clube de Mães e de diversas outras atividades, mas não foi possível. O motivo? Ela virou empresária, trabalha de segunda à segunda e não tem tempo para nada disso.

E se você acha que ela está desapontada pela mudança de planos, está enganado, a cozinheira de mão cheia afirma com um largo sorriso no rosto que ama o que faz. "Eu queria trabalhar com isso muito antes, mas tinha a minha profissão, os filhos pequenos e nunca parecia ser o momento", conta.

Atualmente, Iracilda é uma das doceiras mais prestigiadas de Indaial. Algo que não supunha quando começou a fazer bolos para vender com o objetivo de ter alguma atividade para exercer após a aposentadoria. "Certo dia fiz o casamento de meu filho, então os amigos dele começaram a pedir e eu afirmava que não faria para vender. Então, conversando com minha mãe, decidi que isso mudaria. Em minhas contas faltavam apenas três anos para me aposentar. Tomei um susto ao descobrir que na verdade faltavam seis, mas continuei a fazer os bolos à noite e nos fins de semana". Lá se vão doze anos.

Dos bolos simples de nata e chantilly até os decorados com pasta americana, dos docinhos simples aos personalizados, do salgado ao doce, aos poucos Iracilda foi expandindo seu leque de serviços e conquistando clientes de todas as partes. "Já entreguei encomendas em São Francisco do Sul, Joinville, Itajaí e muitas das cidades aqui da região", conta.

Atualmente a atividade oportuniza atividade remunerada para cerca de dez pessoas, tanto na confeitaria quanto na cafeteria, que resolveu abrir junto com a filho em meados de setembro. Mesmo com toda essa ajuda, a jornada de trabalho de Iracilda inicia às 5h e segue até 23h, isso quando não se estende madrugada à dentro, sobretudo nos fins de semana.

A preferência

Com clientes fiéis e novos chegando a todo momento, Iracilda conta que os bolos prediletos são os tradicionais de morango com nata e suspiro e a massa de rosca. "O que mais sai são os de morango, não importa o acompanhamento", reforça. Já os de pasta americana explica serem belíssimos, porém não têm o mesmo gosto dos tradicionais, pois a pasta não pode entrar em contato com a umidade, impedindo que sejam recheados com frutas.

Iracilda confessa gostar muito de fazer as bolachas, docinhos e cupcakes personalizados, mas, por conta do tempo, é com o que menos consegue pôr a mão na massa. "Não tenho tempo, então já ensinei uma menina que trabalha comigo a fazer".

Habilidade

Na cozinha, o ambiente onde se sente mais confortável, Iracilda enfeita um bolo com extrema destreza. Atualmente a casa dela transformou-se, em parte, em uma empresa. A área de festa e a garagem deram lugar à primeira cozinha, depois disso outras duas foram construídas, para separar os doces dos salgados e outras mudanças para facilitar o trabalho devem vir por aí.

Além disso, há seis meses resolveu embarcar em uma nova aventurar, abrir uma cafeteria que leva o nome dela e é administrada pelo filho. O início foi de atendimento em um único período, agora o horário de atendimento já precisou ser expandido e a resposta está deixando Iracilda satisfeita. "Eu nunca poderia imaginar isso, não consigo acreditar sequer na quantidade que produzimos aqui. Da simples vontade de ter alguma atividade após a aposentadoria, construímos tudo isso. Fico muito feliz e digo de boca cheia que faço aquilo que gosto", conclui.


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